domingo, janeiro 12

Gostava que fosses o que as letras são para mim.


É-me tão difícil engolir certas coisas que penso sobre ti, que imagino sobre ti. É tão difícil não saber quem te dá força ao coração, se serei eu, se será outra pessoa que te faça sentir mais viva, mais desejada do que eu alguma vez irei fazer-te sentir. Por vezes olho para ti e sinto que não serei eu com quem tu irás casar, com quem tu irás dizer apaixonada para casar contigo, que me irás segredar ao ouvido as coisas que o teu coração sente e aquilo que a cabeça pensa. Desejo-te o peito como um cão deseja um abrigo, como um bebé deseja o amor de uma mãe, como um pássaro deseja um ninho para se abrigar, como uma borboleta precisa de se transformar.

Gostava de saber o teu nome, mas tenho medo que ao perguntar-te para depois te convidar a tomar um café se torne em algo que não seja o que quero. Que penses coisas que não são o que desejo. Tenho medo que penses que só te quero levar para a cama, quando o meu desejo é conhecer-te, é saber o teu sorriso de cor, é olhar-te nos olhos e ver de onde vem o brilho que os faz tão iluminados.

Gostava que fosses o que as letras são para mim.
Gostava que me desses o mundo e que o mundo fosses tu.

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