Os peregrinos e as suas religiões.

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Não vou debater aqui a crença de cada um, nem tão pouco o que os motiva a caminhar centenas de quilómetros para um ponto do país ou do mundo. O que venho aqui debater é a honestidade e o respeito que estas pessoas pouco têm com as outras. Deve-se isto ao facto de que há quase uma semana os peregrinos me passam à porta a cantar, seja janeiras ou lá melodias religiosas dos seus deuses e santos, com um tom de voz mais alto que uma conversa normal. 

É uma falta de respeito constante. Ainda hoje de noite passou um largo grupo de mulheres a cantar e a proferir palavras e tiveram respeito e a decência de cantar em tom normal e baixo.  Em vez de cantarem como um grupo que passou à dois dias que cantava sem dó nem piedade de quem às 5 ou 6 da manhã tentava dormir um bocado. Não digo que são todos assim, mas diria que 90% das pessoas não tem respeito por quem dorme nas ruas por onde passam. Já é a segunda ou a terceira vez que escrevo sobre o assunto. Eu há muito que venho a perder a paciência para com estes sujeitos das religiões. 

Cada um tem a sua mania, mas não vamos é fazer barulho ou estorvar nas ruas, nos passeios, ou em qualquer outro sitio. Porque lá porque moram (ex: Porto, Coimbra, Águeda, Aveiro) longe de outras terras por onde passam, não quer dizer que tenham de fazer barulho e acharem-se os melhores do mundo, só porque decidiram tirar alguns dias de férias e caminhar por Portugal. Eu gostava de fazer e certamente que não andaria a fazer tanto barulho como aquele que ouço de noite às tantas da manhã.

A caminhada a Fátima deixou de ser de cariz religioso para passar a ser mais uma moda desportiva.