domingo, dezembro 4

Assim espero...


Estás bem meu amor? Estás tão longe, tão perto ao mesmo tempo. Guardo-te na memória. Guardo tudo o que é teu e por vezes chego a temer a tua morte quando estás longe de mim. Quero morrer ao teu lado e não afastado de ti destas maneiras. Apetece-me carregar-te contigo para sempre nos meus braços, dar-te o colo de menina indefesa. Quando estou contigo, perco sempre a noção do tempo. Era capaz de ficar a olhar para ti o dia todo, a admirar cada centímetro do teu corpo, dos teus olhos, do teu sorriso. E com os ouvidos permaneceria a regalar os cantos do meu coração com a tua suave voz.

Ainda ontem sonhei acordado como seria a nossa vida se vivêssemos e seria tão divertida, tão simples e carregada de calor e mimo. Poderias andar de cuecas que não me importava, gosto de te ver de cuecas, ficas tão fofa, tão querida. E o teu sorriso seria o meu cobertor, o protector contra o frio que pudesse invadir a casa. Fazias o comer e eu arrumava e limpava a casa. Resgataríamos um gato todo preto das ruas e educávamos-o à nossa maneira. Passearíamos com ele e ele connosco. A casa seria simples de mais para se descrever com pormenor. Uma casa. No verão, apenas um lençol, no inverno, dois cobertores de lã e um edredão. Uma secretária para os dois, um MacBook para cada um, um Imac para os dois. Um plasma no meio da sala em cima de uma pequena mesa que pudesse com o seu peso. A cozinha, só de um fogão de  4 bicos, um frigorífico pequeno, uma máquina de lavar, um simples microondas, 4 pratos, 6 copos e um conjunto de talheres. A sala tinha um sofá velho, mas com vontade de viver mais uma centena de décadas. Não teríamos quarto. A sala seria o nosso quarto. O nosso recanto de prazeres íntimos e de estar com os amigos. Comeríamos sentados no chão. Achas mau? É gratificante. Sair de manhã ao fim-de-semana, como já tinha dito, fazer exercício físico. Ir até à feira, ir ao mercado. Passear o nosso simpático gato. Durante a semana cada um ir trabalhar no que tiver de ser.

Quero esta vida contigo enquanto não tivermos filhos. E quando os tivermos, se forem gémeos, ou se for apenas uma rapariga, que seja, que se chame Inês. Vai ser só amor e carinho. Conhecimento. Quero dar-lhe metade do meu amor, partilhar com ela e contigo. Leva-la a passear, brincar com ela enquanto tiver paciência. A vida que quero viver ao teu lado será parecida com esta. Assim espero, assim irei fazer para que seja.

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