Aponto para uma imagem na minha cabeça. Era aqui que eu gostava de estar. Digo eu para mim. Era mesmo ali que gostava de estar, e estou a meio caminho. Um dia chegarei lá. O caminho é lindo e poderei desfrutar da sua beleza até chegar ao destino. Tenho ainda tanto por escrever, tantas histórias por publicar, por imaginar e sonhar dentro delas. Não quero morrer sem as ter acabado. Sem ter vivido o que é preciso para as acabar. Quero deliciar-me no fim. No fim porque é quando temos as ideias fixas e a personalidade já não se molda mais. Porque a vida deixa-nos sozinhos a partir de uma certo momento. Pelo menos viver até que um livro esteja publicado. Pelo menos um deles. Era naquele lugar que gostava de estar para o escrever. Para o acabar, para dar vida ao que há muito está morto e enterrado. Dar-lhe a vida que já não tem. Gostava de lá estar mas não dá. Um dia irei estar lá de novo. Adorava estar novamente na quinta das lágrimas, ou a ilha dos amores imaginada por Camões.
Quero ainda escrever sobre a terra que um dia me irá devorar durante anos, até que por fim não passe de mais umas pedrinhas neste mundo. Quero abrir os olhos e morrer.
Excente texto!
ResponderEliminarBelas metáforas... um dia também quero estar ali, onde tudo se resumirá ao som do vento, verdadeiramente livre...
:)
está um textos lindissímo *
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