segunda-feira, maio 2

Tudo aquilo que a tua cara escondia.


Queria que soubesses que o que eu mais quero é nunca dizer-te adeus. Todos estes anos que irão passar, serão difíceis por saber que não te tenho junto ao coração. E, por isso fecho os olhos, na tentativa de que a tua cara nunca desapareça. Como acontece quando olho directamente para o sol. Adorava poder-te dar um beijo de boas noites sempre que te fosses deitar. Num dia tinha-te comigo, no outro, larguei-te a mão, sem pensar como seriam os dias depois dessa horrível desição. Eu ainda consigo sonhar contigo. Ainda tenho o teu cheiro na minha roupa. Ainda vejo o teu sorriso.

Tudo aquilo que a tua cara escondia. Tudo o que eu jurei para comigo que nunca mais te iria olhar nos olhos. Eu não prometi que nunca te iria ler, e quando o fiz, apercebi-me de que estavas triste, de que as coisas não estavam assim tão boas para os dois lados e que estavas desiludida contigo em primeiro lugar, e em segundo comigo, porque não fui capaz de te fazer sorrir mais vezes. Pegar-te pela mão e fazer ficar no meu colo, tendo os meus braços a cobrir o teu delicado corpo. Olhei-te nos olhos e prometi que nunca o iria fazer, porque desde o dia que a promessa foi feita diante de mim mesmo, para mim, vi nos teus olhos o amor que eu queria ter nos meus. Pelo menos a mesma intensidade, mas não o tinha e não te menti. Por causa de ter lido os teus olhos e jurado para nunca mais que o voltaria a fazer, descuidei-me e vi-te por inteira. Senti-te mal, distante e incompleta. E sabia que não ias ter isso comigo. Pelo menos como sou hoje.

Tenho de reconhecer que fui uma desilusão. Fui, não fui? Prometi-te o mundo, e nem o ar do mundo te consegui dar. Nem às nuvens te levei, nem uma estrela te ofereci e nem uma noite de lua cheia passei contigo.

Agora, vou até ali, bater às portas do Diabo.
Está na altura de seguir em frente e, ir vender o amor ao dito animal.

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