Eu sei bem o que nos fez separar

Põem de novo esses olhos no meu coração. Vê como a saudade lhes faz a ferida comum. Dói por saber que me olhas e nada me dizer. Dói por te ver feliz e nada me dares para estar feliz também. Dói-me as mãos de te tocar sem que o teu corpo me agradeça que o faça. Desculpa. Por não te ter dito naquela noite, como tudo deveria ter acabado. Não o disse, por não ter encontrado as melhores palavras para te dizer o, Adeus. Queria-te ao meu lado, com boas maneiras, não com o cansaço no peito, por não saber como falar para ti, sem saber como te mudar a cabeça que à tanto tempo já deveria ter mudado.

É tão difícil recordar os bons momentos, onde o coração batia tão depressa que nos fazia sentir a magia a preencher-nos os pulmões. Mas ela e eu, precisamos mais do que um momento triste nas nossas memórias. Por isso só me tento lembrar que quando há amor no coração, para ser queimado como uma explosão que se dá no sol, fazendo lembrar os interiores do inferno, saberei que o coração, estará a sorrir de amores. Principalmente por a ver sorrir daquelas maneiras tão belas, conseguindo por de cores avermelhadas as bochechas e a ponta do nariz.

Eu sei bem o que nos fez separar, e é por tudo isso que eu gostava de nunca te ter prometido o mundo. Porque magoei-te a ti. Eu não importo. Importa-me mais o sorriso que roubei dos teus olhos, a ternura das tuas mãos, e o amor que roubei do teu coração. Tudo feito sem te querer magoar.