sábado, abril 9

Por muitos nãos que use.


O único desejo que tenho por realizar não se concretiza. Nem mesmo que diante das estrelas lhes peça de joelhos, num choro agudo carregando um enorme nó na garganta alguma vez será realizável. Por muito que o sol deixe de brilhar, ou que venha com a lua de mãos dadas, para perto de mim, tendo a intenção de me satisfazer, de me alegrar os pulmões que à muito fecharam as portas ao ar do mundo. Por muita mão de menina que me tente tocar no coração, já mais conseguirá chegar-lhe. Mesmo que tente realizar o desejo que tenho na cabeça, não conseguirá. O sol pode brilhar com a intensidade que tiver. A lua pode ser a mais fria de todas as coisas e o céu negro o mais preto que houver. O desejo que tenho sobre as veias do meu coração, não se volta de modo algum. Não levanta a cabeça, porque eu não quero que levante a cabeça. As memórias são para se falecer com elas. 


Por muito frágil que esteja neste momento. Mãos de meninas, não voltarão a tocar no meu corpo. Os seus lábios não voltarão a tocar nos meus lábios. Não sentirão o meu arfar nos seus pescoços. O  seu corpo não terá o meu. A palavra Amor morreu no dia em que me deixei cair. Evito chorar. Apago a luz, e quando vou para a cama. Deixo-me atormentar sem querer sobre as coisas que tenho por dizer. As coisas que tenho por fazer.

Por muitos nãos que use. Todos eles serão sempre o sim do que não quero fazer.

1 comentário:

  1. Escreves tão bem ^^ parece que dizes por palavras o que a maioria das pessoas nao consegue expressar...quer dizer...parece não, dizes mesmo =b parabéns pelo blog, parabens pelos textos, quer sejam inventados ou não, são perfeitos!

    beijinho*

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