sexta-feira, agosto 13

História - As primeiras ideias. 2

Os dias eram preenchidos a correr ao sabor do vento. Nem todos eram iguais. Muitas vezes, fechado no quarto com o frio a gelar as plantas, via com algum desagrado as pessoas mal vestidas, a espirrar limpando o nariz à manga da roupa que tinham no corpo. Os filhos destas pessoas a ajudarem na mesma na colheita e tratamento das terras. Sentia-me mal ao ver aquilo. Mas nada podia fazer. E quando queria brincar. Bem, não brincava. Principalmente com os outros rapazes da minha idade. Tudo porque o meu pai imaginava que filho de rei, não deve nunca brincar com os filhos do povo. Não se deveria envolver nas brincadeiras de filho de pobre com o medo de que apanha-se alguma doença. A doença de pobre. Ele sabia que muitos morriam de frio ou dedo dedo apontado do extremo calor que se fazia sentir em dias de verão. Para ser sincero as atitudes que o meu pai tinha para quem trabalhava para ele na altura, eram deploráveis. Não entendia nessa altura que teria de haver sacrifícios para o bem do reino. Iria ter de aprender a ser cruel e bondoso para com as pessoas. Mas sobretudo nunca deixar de mandar no território que seria meu.


A 26 de Maio de 1328, tempo em que fiz 8 anos de idade à cerca de 1 mês. A minha irmã Maria, casava com Afonso XI de Castela. Foi uma cerimonia grandiosa. Estava tudo tão preparado ao pormenor que nada faltou. O meu pai obrigou a abrirem pipas com vinho com alguns anos de conservação para tal acontecimento. Afinal, iria casar a sua filha, futura rainha de Castela.

-Pedro? - Gritava a minha mãe preocupada por ainda andar não estar pronto e bem vestido.
- Oh mãe, porque tenho de ir? - Porque é teu dever mostrar apoio à tua irmã nesta fase da sua vida. Compreendes?
- Não. Vai haver leitão? - Perguntei entusiasmado. - Sim Pedro. Há sempre leitão. Meu rufia.

O festim que se preparava à pouco menos de 2 dias seguidos envolvia mais de 40 mordomos, criados e criadas. Apesar dos preparativos e da rapidez com que já andavam as pessoas preparando a comida, levando-a à mesa, arrumando pratos, tirando e limpando talheres de gavetas pouco abertas. Bem, a agitação era grande e iria tornar-se pior. Pois todos os fidalgos, nobres, gentes do clero e família do príncipe castelhano que iria casar com a minha irmã, estavam agora a chegar à grande sala de jantares.

3 comentários:

  1. olá pedro, como correu o passeio de bicicleta?

    ResponderEliminar
  2. Só por acaso esta história não está relacionada com a história de pedro e inês de castro! ^^

    ResponderEliminar
  3. selo para ti no meu blog, :$
    beijinho.

    ResponderEliminar