sexta-feira, abril 2

Andei sem rumo

Andei sem rumo pelas ruas, pelos enormes corredores dos centros comerciais. Não via com olhos de ver bem as coisas. Sentia-os pesados, a querer por o meu corpo a dormir. Sentia-me um robô, um robô sem sentidos, sem desejos, nem coisas de se querer. Apenas estar por ali, a sentir a multidão, o barulho ensurdecedor, refrescar a cara sobre o vento que me batia na cara. Olhar nos olhos, desejar e esperar um qualquer sorriso. Sentia peso sobre os ombros, sobre o corpo que não o via como meu. Tirei o casaco, não conseguia sentir o frio a entrar-me pelos poros dos braços. Caminhava sem destino, via a roupa, sem a querer ver realmente. Não tinha efeito. O brilho perdeu-se, a fantasia tomou lugar, e não posso deixar que tal aconteça. Um banho fresco, fazer a barba e apanha os cabelos, aproveitar o resto da tarde, acumulando-se ao tempo, esperando pelo tempo, destruindo a liberdade do meu fácil respirar, e acarinhar as almofadas, embrulhar-me nos cobertores. Fechar os olhos e descansar a alma, que começa a pesar sobre a cabeça.

O sorriso hoje não se quis mostrar. Ele quer ser razão do viver de alguém!

9 comentários:

  1. Esse sorriso irá renascer de novo. *

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  2. isto sim, já gostei, quer dizer adorei.
    senti o teu post, sendo ou não sincero, senti-o.

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  3. oi.
    lindo...
    dizem que um banho faz milagres :D :P
    xau beijos

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  4. de certeza que esse sorriso já a razão de viver de alguém :o

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  5. cada vez tenho menoscertezasdisso :x

    de pessoas que gostam imenso de ti .

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  6. mais um texto fantástico! Tens tanto, mas tanto talento :D

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