sexta-feira, janeiro 15

O meu arco-íris

Isto, era tudo o que eu queria. Uma gotinha de felicidade de uma outra pessoa, que me invada a solidão e me rasgue o coração, soltando em mim os raios dessa tão pequena gotinha de felicidade, explodindo num arco-íris de cores doces. Sê minha amiga, por uns minutos. Aconchega o meu coração nessas tuas mãos tão quentinhas. Oferece um espaço, no meio desses braços de menina pequenina com a alma apetrechada de coisas boas. Quero um dia, poder chegar a ter um coração como aquele que escondes e proteges com todas as tuas forças aí dentro. Poder ver os erros e conseguir pensar que isto será assim até morrer e que terei de aprender a aceitar as coisas más que vão acontecendo. Ser capaz de dizer ao coração que se esfola e se vai atirando contra as paredes do seu quarto, que estarei de mãos dadas com ele, até que encontre uma companheira para com ele conviver. Os sonhos... Serão sempre perseguidos pelos demónios que os tentam atormentar, fazendo-os fugir, ou querer aparecer na realidade, desaparecendo assim para sempre. Cantar, sentado numa qualquer janela, num qualquer lugar, vendo as tuas cores no céu, vendo a chuva cair, sozinho. Pensando... Como seria se tu aqui estivesses, se tu aqui existisses, e de braços em volta do teu corpo, dando-te um cantinho no meu peito para poderes adormecer de sorriso, apreciando as estrelas a cair. Irei sempre ouvir-te, mesmo nos dias que querias que seja surdo, e irei falar contigo, nos dias em que querias que seja mudo. E irei ver, nos dias em que desejavas que fosse cego. Sentindo, o mundo debaixo dos meus pés, querendo sair dali, daquela coisa que o faz ficar lá em baixo.

Sair, num dia de chuva, quando o arco-íris, se apoderar do céu, rasgando sorrisos na cara das crianças que correm até à janela para o ver tão belo e colorido. Sair para procurar o que um dia pensei ter conseguido ter cá dentro. Sair e ir procurar o que à muito desejo, o vermelho que falta em mim. Aquela cor que falta para preencher o meu arco-íris, deitando abaixo as paredes que dentro de mim construí. Procurar no meio das linhas negras, nas ruas que teimam em ter as suas luzes desligadas, invadir os cantos desabitados, abordar cada individua na rua, perguntando-lhes se, não são portadoras, ou se, não têm consigo, bem escondido um coração pequeno e forte, com uma cor vermelha. Mas... Dizem todas que não. Só pretendo acabar o meu arco-íris.

7 comentários:

  1. que coisinha mais querida pedro +.+

    <3

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  2. Asde acabar o arco-iris mas enquanto não o terminares pensa que já lutas por ele, e isso por si só, já te trará felicidade (:
    Um beijo Pedro.

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  3. as tuas coisas sem nexo são bonitas :)

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  4. está mesmo muito delicado, e giro, e fantástico, tá? :b

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  5. adoro, adoro :)
    espero que consigas acabar o teu arco-iris em breve.
    gosto mesmo do que escreves..

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