sábado, novembro 28

Num dos lados do mundo...

come backby *LittleFlair
Brinco com os caracõis. Dou a mão a alguém que gostava de levar para casa. Passar meia tarde, meio dia com essa pessoa e nunca mais ouvir falar dela. Satisfazer-me por inteiro. Por outras, o desejo é para mais do que um simples meio dia. É uma tarde, é um dia, são dois.

Corres para mim de braços abertos. Enfaixas o meu coração com as tuas mãos. Este pontinho vermelho no interior do meu peito, queima a pele em volta cada vez que fazes algo em mim dizer que é bom, que é maravilhoso. Os teus toques são pequenos e com vergonha. Mas rapidamente se alteram e tornam-se mais do que isso. Quem me dera ter um pedaço do mundo, para onde pudesse ir e estar fugido do outro pedaço do mundo. Pedaço esse que me persegue e me tenta tirar todas as alegrias e sorrisos de que o meu corpo anseia todos os dias ao acordar. Um abraço bem apertado e um beijo na bochecha, enquanto me vou metendo de pé, dando algum encosto à cabeça para ver se acordo. Vestindo-me, para mais um dia sem sentido, revejo-me no espelho a minha personagem. Saio da rua, e assim que meto os pés em contacto com a calçada do passeio, passa alguém por mim, pegando-me no braço e diz com o esforço nas cordas vocais: Vem, temos muito a fazer...

O dia passou mais uma vez sem um sinal teu. Desejo-te, quero-te, anseio pelo dia que pegar na tua mão, baixar-me e de seguida perguntar o que me vai no coração. Tudo aquilo porque ele está a bater tão rápido cada vez que te vê. Explicar-te todo o brilho nos meus olhos. Encher esse canto carregado de um sangue vivo, com pormenores e promessas e para sempre capazes de ser compridos. (Tudo isto é mentira. Por muito que queira que seja verdade, sei que metade é mentira, pois a minha mente diz que o melhor é isto acontecer) Perdoa-me se algum dia te disser que já nada é igual. Que o dia em que nos conhecemos foi o pior de todos e que todos os dias que tive contigo não contaram para nada na nossa relação. Perdoa-me que ouças da minha boca que conhecer-te foi a pior coisa que alguma vez me aconteceu. Acredita antes  nas palavras de amor que disse aos teus ouvidos, nos dias em que nos púnhamos a ver o por do sol, assim como o seu nascer. Essas palavras eram verdadeiras.

Há gritos nas costas dos meus pulmões.

9 comentários:

  1. Ahahahah, fizeste-me rir agora. Nunca vi ninguém tao entusiasmado por um texto tão triste dos meus :X

    E sim, continuo a achar que sim, porque ainda neste texto descreveste um dos medos de muitas mulheres apaixonadas e que perdem quem amam... Talvez se todos os homens admitissem que, o que gritam a pelos pulmoes que odeiam, é mentira e cuspissem menos no prato onde comeram, muitas mulheres estariam agora felizes :) Tinham seguido em frente e amado outro alguém. Tinham desejado e sido loucas por uma tarde, um dia...

    São liçoes de vida, Pedro.

    Beijinhos**

    ResponderEliminar
  2. Eu percebi :)
    Nao levei a mal ...
    ATe achei bem engraçado.
    Soube bem ouvir uns elogios da tua parte ^^

    Beijinhos*

    ResponderEliminar
  3. Tu sim escreves muito, mas muito bem Pedro +.+

    ResponderEliminar
  4. compreendo-te tão bem.
    já tinha saudades de te ler Pedro. :)

    ResponderEliminar
  5. Tu não conheces os muse? :O

    ResponderEliminar