A história começa neste post: As minhas almas...
Inês volta a enfiar-se na cama. É o único sítio, onde se sente refugiada. Ela não queria ouvir ninguém, se não o seu arfar Sentia que tinha um monstro cada vez que inspirava. Eleva a cabeça para a estante que paira fixamente por cima da sua cabeça. Olha-a durante uns longos minutos. Decide aventurar-se pelo ar, que acha estar contaminado de monstros pequeninos, impossíveis de se ver. Mesmo com o medo que faz os seus cabelos arrepiarem-se, ganha coragem, enchendo o peito de ar e pondo-se de pé, fica bem de frente para os poucos livros que lá estão colocados. Levanta bem devagar um dos seus dois braços. Cuidadosamente escolha o mais pequenino e mais gasto livro, é o mais velho livro presente naquela prateleira.
Era escrito à máquina com uma tinta especialmente desenhada para o efeito e textura de folhas. Parecia fazer uma mistura perfeita. Abrira-o com cuidado. Parecia-lhe um objecto estranho. No seu interior, na primeira página do livro, tinha letras, letras escritas à mão, de uma tinta azulada já um pouco gasta que esborratava grande parte de um nome antigo. Seguiu para a segunda página e começou por ler:
"O seu nome era Sebastião. Com a idade a rondar entre os 8 e os 12 anos, este pequeno senhor, era para muitos, uma personagem saída de um conto. Na verdade constava numa profecia. Um belo e elegante jovem, com uma inteligência fora do normal, onde mantinha professores e profetas a um canto. Tinha poderes, poderes tal e qual como aqueles que diziam Jesus ter. Este era bem diferente. As suas tardes não eram a brincar com os outros meninos, eram fechados no quarto a olhar pela janela do seu quarto, observando os outros meninos contemplados com coisas que para ele eram de perder tempo. Achava que lhe tiravam a criatividade. Que não o fazia de todo, ocupar a mente. Não se sentia a viver nesses momentos. Sentia o tempo voar quando isso acontecia. Quando brincava com os outros meninos. Foi desde muito cedo que se apercebeu disso. O tempo para ele parava quando ficava no seu quarto a observar tudo a acontecer lá fora. O vento e o seu barulho. O grito das crianças. As almas que o faziam arrepiarem de medo.
Não se sentia de todo sozinho. Era uma pequena criança, tratado com necessidades especiais. Não faziam grande esforço para o entender. No seu pequeno mundo, sentia-se o rei, o manda chuva de toda a sua realidade. Não era muito cruel. Apenas o suficiente para que os outros não se metessem com ele ou se chegassem perto dele com a intenção de o magoar de algum jeito. Consegue ler a mente das pessoas. Ele mesmo escreveu numa das pontas da sua secretária de madeira.: "Vi o que é que o João pensou"
Muitas das paredes do seu quarto estão cobertas de letras, palavras, números e desenhos. Algumas fotografias, estão espalhadas de forma cuidada. Com intenção de fazer lembrar alguma coisa que só ele saiba."
Inês volta a enfiar-se na cama. É o único sítio, onde se sente refugiada. Ela não queria ouvir ninguém, se não o seu arfar Sentia que tinha um monstro cada vez que inspirava. Eleva a cabeça para a estante que paira fixamente por cima da sua cabeça. Olha-a durante uns longos minutos. Decide aventurar-se pelo ar, que acha estar contaminado de monstros pequeninos, impossíveis de se ver. Mesmo com o medo que faz os seus cabelos arrepiarem-se, ganha coragem, enchendo o peito de ar e pondo-se de pé, fica bem de frente para os poucos livros que lá estão colocados. Levanta bem devagar um dos seus dois braços. Cuidadosamente escolha o mais pequenino e mais gasto livro, é o mais velho livro presente naquela prateleira.
Era escrito à máquina com uma tinta especialmente desenhada para o efeito e textura de folhas. Parecia fazer uma mistura perfeita. Abrira-o com cuidado. Parecia-lhe um objecto estranho. No seu interior, na primeira página do livro, tinha letras, letras escritas à mão, de uma tinta azulada já um pouco gasta que esborratava grande parte de um nome antigo. Seguiu para a segunda página e começou por ler:
"O seu nome era Sebastião. Com a idade a rondar entre os 8 e os 12 anos, este pequeno senhor, era para muitos, uma personagem saída de um conto. Na verdade constava numa profecia. Um belo e elegante jovem, com uma inteligência fora do normal, onde mantinha professores e profetas a um canto. Tinha poderes, poderes tal e qual como aqueles que diziam Jesus ter. Este era bem diferente. As suas tardes não eram a brincar com os outros meninos, eram fechados no quarto a olhar pela janela do seu quarto, observando os outros meninos contemplados com coisas que para ele eram de perder tempo. Achava que lhe tiravam a criatividade. Que não o fazia de todo, ocupar a mente. Não se sentia a viver nesses momentos. Sentia o tempo voar quando isso acontecia. Quando brincava com os outros meninos. Foi desde muito cedo que se apercebeu disso. O tempo para ele parava quando ficava no seu quarto a observar tudo a acontecer lá fora. O vento e o seu barulho. O grito das crianças. As almas que o faziam arrepiarem de medo.
Não se sentia de todo sozinho. Era uma pequena criança, tratado com necessidades especiais. Não faziam grande esforço para o entender. No seu pequeno mundo, sentia-se o rei, o manda chuva de toda a sua realidade. Não era muito cruel. Apenas o suficiente para que os outros não se metessem com ele ou se chegassem perto dele com a intenção de o magoar de algum jeito. Consegue ler a mente das pessoas. Ele mesmo escreveu numa das pontas da sua secretária de madeira.: "Vi o que é que o João pensou"
Muitas das paredes do seu quarto estão cobertas de letras, palavras, números e desenhos. Algumas fotografias, estão espalhadas de forma cuidada. Com intenção de fazer lembrar alguma coisa que só ele saiba."
É suposto a Inês apaixonar-se pelo Sebastião?
ResponderEliminarmas ela pode já ter fantasias com o menzinho caramba (a) sabes lá
ResponderEliminarAh e eu gostei :)
Gostei muito, vou acompanhar!! Parabéns Pedro, consegues surpeender-me (:
ResponderEliminarsinto-me lisonjeada (: obrigado mesmo. Mas continuo a gostar mais da minha escrita agressiva e forte, fico sempre mais contente com o resultado, com este texte último nem fiquei com opinão formada, se gosto ou não x)
ResponderEliminar* último texto
ResponderEliminarfico mesmo contente que alguém aprecie aquilo que escrevo!
ResponderEliminarNo final da página, Inês coloca o livro na mesinha de cabeceira e... Será isto possível?
ResponderEliminar