domingo, julho 6

A borboleta

Domingo, um dia lindo para ir ao campo.
Um ambiente ameno, nem muito sol nem muito vento, estava no meio.
Era um dia fresco e agradável.

Os pais da Inês tinham combinado com os meus pais, sairem por um dia da cidade e ir-mos ao campo ver aquilo.
Foi uma viagem de 2 horas, foi tempo para fazer-mos aquilo que costumávamos fazer. Como todos os namorados fazem.

Antes da viagem:
Os meus pais acordaram-me com o barulho dos sacos de plástico e dos cães a virem para cima da mim e a lamberem-me todo.

- Pedro levanta-te que é para irmos embora daqui a 15 minutos. Disse o meu pai com aquela voz de quem estava cheio de pressa.

Entretanto chega a Inês, toda bem vestida, aqueles calções azuis, e aquela camisola amarela com o Pocoyo estampado na camisola.
Com um sorriso na cara, chega-se à beira da cama e diz-me com uma voz calma e querida:
- Pedro, vamos no carro dos meus pais! Podes vir comigo, eles deixam, e perguntei ao teu pai e ele diz que podes.
- Fixe, pera vou-me vestir num estante.
Saí a correr da cama e fui-me aventurar no meu pequeno armário, à procura de uns calções e de uma camisola de manga curta. - Encontrei! Exclamei.

Uma camisola azul bebé, e uns calções brancos.
Eu sabia que os calções se iam sujar, mas sa lixe.

- Pedro despacha-te, espero por ti no carro. Diz a Inês.
- Espera vou-me só calçar tem calma.

Quando estava a sair, a Skully (é o meu cão é um cão de água arrasado com caniche assim uma coisa esquisita), passou por mim com uma bolina que parecia aquelas pessoas que quando vê a água vai logo a correr, a Skully, mal viu o alcatrão foi logo. xD
A Matilde, um lavrador, foi atrás dela, pois coitada é nova e tal e a Skully tem 4 anos e a Matilde só tem 3 meses.

Lá se meteram dentro da carrinha com aquele sorriso "Eu também vou, tás a ver?"
Estávam todas malucas. São uns amores de cães. =)

Cheguei ao carro da Inês, e lá estáva ela com aquele ar de mandona.
- Calma Inês, demorei-me um pouco é preciso fazer cara?
Começou-se a rir... - Assustei-te vistes? Disse ela.
- Ó :(, és má para mim.
- hahahahaha, és tão tolo.
- Ainda te ris de mim? Ai é? Quero o divorio! Disse eu virando a cabeça para o outro lado e pondo-a para cima.
- Ai eu é que sou má? - Sim és. xD

- Dá-me um beijo! Disse-lhe eu numa espécie de a obrigar a faze-lo!
- Tolo xD

Pronto com isto tudo lá fomos nós para o campo.
Durante a viagem, falávamos sobre isto e aquilo e sobre algumas coisas da escola e de certas pessoas. Conversas, e beijos claro, numa viagem de 2 horas, não podem faltar beijos.

Nós abraçadinhos e a olhar para janela, a dizer-mos coisas giras um ao outro.
Eu beijava-lhe o pescoço, ela ficava toda derretida.
Ela beijava-me, fazendo aqueles linguádos mulhados e eu a lamber-lhe aquela cara toda babada, sempre que ela paráva de me dar beijos...
Ela é tão, tão ao natural. ^^

- Inês!
- Sim?!
- O que queres fazer quando lá chegar-mos?
- Não sei! humm, talvez atirar-me ás vejetações de trigo.
- Loooool, és tão maluca, onde é que os teus pais estavam com a a cabeça? xD
- O Meu pai estáva com a cabeça dele, dentro da coisa da minha mãe! A cabeça de baixo.
- Desavergonhada, olha que os teus pais estão aqui.
- Que foi? Então não foi assim que me fizeram? xD

Passado as 2 horas de viagem, chegámos ao local.
Uma paisagem linda, verdegante e com uns montes bem redondos, com poucas árvores.
Pensava que só via aquele tipo de coisas em filmes, mas afinal via com os meus próprios olhos.
Aquilo lá era bonito.

A Ines, tola como sempre, lá foi ela pó meio da vegetação dos cereais.
A expressão dela foi mais ou menos esta:
Saiu do carro e foi a correr como uma estupida e como uma Isterica.
Com aquele sorrido de bebé e com aquela cara de satisfação e de parvoeira total.

- Ó Inês... Mas ela nem sequer ouvia.
- Onde é que aquela cachopa vai? Diz o Pai.
- Vai-se atirar aos cereais.
- Aquela miuda é maluca, só podia sair a ti! Disse a mãe da Inês para o marido.

Desmontámos as coisas e os paisinhos ficaram a montar as coisas perto de uma árvore grande com bastante sombra.
Os cães, andávam por lá a correr que nem uns tolinhos, e eu fui ter com a Inês, ou pelo menos tentar encontrála.

Depois de alguns minutos a chamar pelo nome dela, fui encontrála dentro de um circulo que ela tinha feito. Lá estáva ela deitada a olhar para o céu limpo e azul.

-Ai estás aqui?!
- vem para aqui Pedro, quero-te mostrar uma coisa.

Fui-me deitar ao lado dela. Ela chegou-se ao pé de mim, e abraçou-me.
pôs a mão dela a apontar para uma nuvem de forma redonda, era uma nuvem perfeita vá.

- Gostava de... E nisto passa uma borbuleta branca e com um azul assim do mais azul que os meus amigos possam imaginar. Ela fica abismada e eu também claro, com uma belesa daquelas quem é que não ficava?

- Inês onde é que vais?
- Vou buscar a borbuleta! - Não....

já era tarde de mais, só a vi a correr e a braçejar no ar a tentar apanhar a borbuleta.
A borbuleta poisou num cereal e a Inês feita tola, atirou-se para cima daquilo.
Mas a borbuleta lá consegui fugir das garras da Inês.

- Ó Inês, pára, ainda te vais aleijar.
- Pára de ser criança e vem ajudar-me.

Agarreia pela cintura e levantei-a no ar.
- Que estás a fazer Pedro? Põem me no chão, já. Eu quero aquela borbuleta.
- Pronto vai lá.

Aquela borbuleta, tinha cativado a atenção da Inês de uma maneira...
Eu só me ria, das figuras que a Inês fazia enquanto andava lá no meio do campo a tráz da borbuleta. Caía e voltava a levantar-se. Éra mais uma borbuleta no meio do campo. ^^

- Aquela não é a tua filha? Ali no meio do campo.
- Sim é a Inês... Mas o que é que ela está a fazer ali toda maluca?
- Parece que anda atráz de uma borbuleta.

Lá a consegui apanhar.
-Pedrooooooooooooooo! Gritou ela de contente.
- Calma caralho! Fosgase parece que ias morrer ou o crl.
- Apanhei-a, olha.
- Vá solta-a, deixa-a a ir.
- Tás maluco? Depois do que eu andei a correr e a saltar e a cair, ia agora larga-la?

- Ó pai, ó mãe, olhem o que eu apanhei.
Ficaram de boca aberta quando viram a borbuleta nas mãos dela.
Exclamaram: - Tanta correria e tanto salto, por causa de uma borbuleta?
- Claro, e eu vou levá-la para casa.
- Inês, não faças isso. Deixa-a aí, aqui é a casa dela.
- Pronto está bem...

Ela abriu as mãoes e a borbuleta ficam por segundas na mão dela.
Levantou voo e desapareceu no céu azul e branco.

Quem era a borbuleta aqui, era a Inês.
A simplicidade dos movimentos, as expressões que ela fazia so para apanhar a borbuleta, o cabelo a voar com o vento. Ela era a minha borbuleta. Ela é linda.

O Dia correu bem, fartamos de correr e de pular e de saltar.
Para casa, fomos a dormir que nem uns passarinhos.

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