sexta-feira, fevereiro 3

Quando julgava que a humanidade


Quando julgava que a humanidade estava a caminhar para um derradeiro fim. Não um fim material, mas talvez diria eu, social é quando as coisas mudam. Talvez seja porque o sorriso estampado na cara, o orgulho no coração e um pouco de amizade que sobressai tantas vezes no rosto de quem vemos na rua ou de quem nos atende faz o dia valer a pena. Há quem dia que a simpatia se compra. Diria eu que muitas vezes preferia pagar a simpatia que me é dada que principalmente por ir comprar qualquer coisa seja onde for. Mesmo que o meu ar um pouco desajeitado a nível de cabelos seja olhado com desconfiança, basta um "boa noite" quando ainda é de dia ou já é de tarde, para tirar um sorriso escondido no rosto de alguém. Abre-se o jogo. Podem-me chamar todos os nomes e mais uns quantos maus pensamentos, mas no fundo o sorriso saiu. A conversa sai mais fluída, mais simpática e o sorriso na cara não sai. O "bom fim-de-semana" é dado ao sair com uma boa disposição, o que faz aquecer o corpo, ou o coração. É um bom sentimento. Não é por ser sexta feira. Mas, julgo eu que esta maneira de partir a rotina com o "boa noite" ajuda a que as pessoas se soltem um pouco do seu estado de tensão.

Se bem que muitas das vezes olham-me com ar desconfiado e respondem-me mal, por ter dito boa noite em vez do boa tarde ou bom dia. 

Quando pensava que as pessoas depois de comer no Mac" deixavam os tabuleiros, é quando surge gente que tem responsabilidade e respeito por quem vem por trás e arruma os tabuleiros. Faz-me ainda um pouco de confusão, ver rapazes e raparigas da minha idade, se bem que as raparigas são as que mais vezes deixam o tabuleiro do mac" na mesa depois de papar tudo. Faz-me confusão como é possível que esta juventude ainda julgue que tem criados ou gente que está ali apenas para limpar os pratos, limpar as mesas e tudo mais, mas talvez não para despejar os tabuleiros. É essa falta de respeito, não só pelas mulheres\homens de limpeza que por ali estão, mas pelas pessoas que vêem por trás para comer na mesma mesa. Não é difícil. Eu arrumo. E muitas vezes até mesmo em cafés faço questão de levar os pratos de seja o que for até à mesa de onde os tirei. Talvez por ser sincero e honesto e respeite o trabalho dos outros. Mas esta geração em que também eu estou inserido seja de "puro consumismo e de alguma falta de respeito". Porque no fundo o problema não está em não levantarem os tabuleiros e tal e tal, mas sim de não respeitar os outros e usar certas pessoas cujo o trabalho é bastante ou não (pouco se me importa) e usarem-nos para os seus próprios benefícios. Tal como no cinema ou em tantos outros sítios. A maioria das pessoas começa a tomar uma atitude mais naturalista, mais amiga e agradável, confiante, outra parte deixa-se estar e culpa o que está a acontecer com a crise, ou usa-a para se desculpar com as suas atitudes. 

Se vivemos em sociedade, não tendo obrigatoriamente de gostar de toda agente, deveríamos pelo menos respeitar. Ajudar e facilitar o trabalho dos outros. Só que olham demasiado para o seu umbigo, para o seu mundo e esquecem-se de que um dia também eles ou elas também irão ter um trabalho assim e vão elas ou eles pensar que as pessoas são isto ou aquilo. Mas para já julgam que nunca nada daquilo lhes irá acontecer. Até ao dia... Até ao dia...

As atitudes estão a mudar e as pessoas deveriam também aproveitar para ultrapassar algumas barreiras, principalmente a do respeito mutuo. Faz bem ao ego!

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