segunda-feira, dezembro 26

Tantas perguntas, tantos sonhos e desejos.

Tantas perguntas, tantos sonhos e desejos. Tantos soluços, tantos amigos que ficaram de ir ter contigo para te consular, para calar esse choro e limpar-te as lágrimas dos rosto. Escondes em cantos do coração a tristeza, as lágrimas que te deveriam ter saído do corpo para te deixar mais vazia/o de todos esses sentimentos que te deixam assim. 

O pior não é começar um namoro, um gostar de alguém. Apaixonar-se por alguém, viver com alguém, não é a pior parte, toda agente faz isso de bom agrado. Faz um esforço para matar todos os maus pensamentos que digam que não conseguimos. A vontade que nasce daquele amor, daquele sentimento que vai crescendo à medida que vamos passando mais tempo com aquela pessoa, dá-nos a vontade. E é com essa vontade quando se ama, quando se gosta com bastante desejo, de a deter nos braços, porque que essa pessoa faz esquecer tudo, faz com que se ignore os maus e os bons, os fortes e os fracos e só se contempla aquela determinada pessoa que vai fazendo o coração crescer de dentro para fora.

O pior como queria dizer, é o acabar. Terminar com algo que custou tanto suor, lágrimas e lutas internas e externas para nos levar até onde chegámos. Sofrer o que sofremos e com isso, aprender a viver mais e melhor. Querer também viver o resto, ou pelo menos viver de todas as maneiras possíveis e imaginárias com essa pessoa. Tanto que se deu, tantas palavras que se disseram para serem despejadas na rua como se pertencessem a alguém que não nós. Porque custa tanto - pelo menos a mim- pensar no que as coisas poderão ser depois de tudo terminar. Sei que me vou fartar de chorar, de lamentar e pensar em tudo o que disse, em tudo o que fiz, procurando nesse novelo de palavras, de ideias, e acontecimentos, alguma harmonia, algum controlo, algum amor que tenha perdido, alguma palavra que não tivesse sido pronunciada. E no fim só penso como seria bom poder viver sem sofrer. Mas sem essa dor no coração, já mais teria sentido a verdadeira vontade de viver, de amar e principalmente de partilhar a vida, ou os restos que o tempo me vai dando para viver eu a minha.

Se ele acabou é continuar a andar. O amor faz doer.

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