Não preciso.

Tinha vontade de escrever outra coisa, só para soltar algumas porcarias que na minha cabeça se vão acumulando,  mas posso fazer isso amanha, não é urgente. Pode esperar. Quando à imagem é mesmo sobre isso que vou falar. "Caros rapazes, Sejam o tipo de rapazes que gostavam que a vossa filha namora-se/Anda-se."

Eu não preciso de tentar ser aquilo que quero, aquilo que me dá orgulho de ser querido, compreensivo, de dar amor e umas palmadas quando ela precisa. Não preciso porque há já muito tempo que construo esse castelo dentro de mim, por isso é pouco difícil não ser aquilo que a minha filha deveria namorar e casar. Ou que o meu filho fosse. Porque se tivesse um filho, queria que ele tivesse a cabeça no sitio certo. Atencioso e que soubesse desenvencilhar-se sozinho. Que pouco ou nada tivesse de vícios. Fala-se bem, no sentido de não ser mal educado e ou de ser daqueles rapazes que acham que não têm cu, porque têm as costas quentes por terem vinte amigos com navalhas ou manias estúpidas e pirosas. Tivesse a sua maneira de lidar com os problemas. Que fosse sincero e honesto. Gosto pouco de rapazes com a mania de que comem todas as raparigas que encontram. Tenha a sua vida e saiba amar. Ou pelo menos dar valor à presença de alguém. Tenha a vontade de fazer sempre mais um esforço.

Se tivesse uma filha seria fácil. Pelo menos conheço a mãe. Seja sincera, honesta, que curta e se divirta da maneira como quiser, mas que tenha em atenção a sua maneira de se comportar. os desvairos levam a coisas estranhas na vida, e a outras ainda mais complicadas. Se as raparigas não têm juízo, disso já eu sei. Apenas a quero com o juízo no sitio e não no sitio que eu cá sei. Ganhe muitas e muitas cicatrizes, muitas feridas e nódoas negras. Porque nada do que lhe possa dizer irá entrar na sua cabeça se as coisas não acontecerem. Saiba cair e levantar-se. Muitas destas e outras coisas serei eu capaz de lhe dar. se for rapaz ou rapariga, a educação e o amor será dado da mesma maneira.

Se nascer rapariga, só espero que tenha uma voz tão linda como a da mãe. *.*

Voltando ao inicio de tudo isto. Sou para ela o que sempre quis ser. O que sou e o que tenho vontade de lhe dar, porque ela merece. Dou-lhe o beijo na boca sem qualquer problema, sem qualquer vergonha. Apalpo-a de todas as maneiras e feitios. Falo sobre os nossos problemas, gosto de os resolver no mesmo dia, na mesma hora, no mesmo instante se der. Não gosto de estar chateado com ela. A sua voz não me deixa e a minha personalidade não aceita que isso passe por cegueira. Se ralho com ela é porque ou tenho razão ou é o medo de a perder a falar mais alto. Dou-lhe o amor, abraço-a, falo para ela da mesma maneira que gostaria que ela falasse para mim. Sou sincero com ela como gosto que ela seja para mim. Sinto uma grande razão pela qual a devo tratar bem. Porque depois de me enterrarem debaixo da terra, já mais verei a sua cara ou ouvir a sua linda voz.