sábado, maio 7

De que tens tu tanto medo?


Dou murros na terra. Pergunto-me porque dou tanto de mim, e mosto quem sou, e as pessoas afastam-se logo, quando algo não lhes agrada? E quando as coisas não lhe saem da boca, com a mesma facilidade que saem da minha, tudo se perde. Tudo faz confusão. Mistura-se com o silêncio e com os "nadas'" e fico sem saber o que pensar. Foi algo que eu disse, só pode ser disso. Começo a chorar, a soltar as primeiras lágrimas que são sempre as mais difíceis de se arrancar dos braços do coração. Começo a corar, e não consigo falar. Tenho apertos fortes na garganta e não há maneira de parar de chorar.

Porque dou eu tanto do que sou? Porque continuo eu a escrever para quem só quer usar e mandar fora? Não sou nenhum objecto. No que me tornei só eu sei. E se não sou o que gostam, pelo menos não digam que é bom, e depois joguem na borda do prato. Sei que não sou nenhum Romeu, nem tão pouco um Aladino. As palavras que digo, são as mais sinceras possíveis que encontro para serem ditas. As palavras são apetrechadas de simplicidade para que nunca haja erros ou equívocos.

Se não queres nada. Pelo menos sê sincera contigo mesma e diz de uma vez por todas o que queres. É tão difícil dizeres-me o que tens aí dentro para me dizer? É assim tão difícil? É certo, e concordo, que não sou uma pessoa fácil de aturar, que as palavras fazem parte da minha personalidade e que a vontade de saber o que tanto me escondes é quase como uma perseguição interna dentro de ti mesma. Eu só quero que saibas que por muito que te custe dizer, só espero que o digas com verdadeira honestidade, e, que não me mintas, nem digas que é bolachas, quando é chocolate.

Gostava de poder contar contigo. Contar contigo para que fosses mais aberta ao que sentes e ao que pensas. Que o dissesses sem ter medo de mim, porque eu não irei bater-te, ou apertar o teu coração até que deixe de ficar vermelho e passe assim a ser negro, por lhe faltar o sangue. Não sou assim. E por não falares com o a vontade, e também sei que és tímida e que é tudo muito recente, gostava de te perguntar outra vez. De que tens tu tanto medo? Evita virar sempre as costas cada vez que te faço uma pergunta, e, por-favor, tenta responder. Se não quiseres, pelo menos não vires as costas.

E, num acto de revolta interior, apaguei todos os textos que tinha escrito para ti.

1 comentário:

  1. Fail meu. esquecime de moderar os comentarios, por isso só hoje reparei que alguem comentou aquele blog, visto que só vou lá de longe a longe (por enquanto espero eu :b).
    E sim, espero um dia poder dizer tudo à pessoa que me marcar, mas pelo menos irá ficar ali uma prova de que foi algo superior na minha vida (:


    Em relação ao que tu escreveste:
    Não é facil avançar, pricipalmente quando já se sofreu antes.
    Não é nada fácil, e tem-se medo.
    Tem-se medo de sofrer, e de voltar a sofrer. Não peças para as coisas acontecerem rápido. Deixa as coisas acontecerem naturalmente, depois vão valer a pena (:

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