sexta-feira, abril 1

Tu podes ter o corpo...


Tu podes ter o corpo, mas quem tem o desejo de o fazeres usar sou eu. E não me podes impedir, porque a força do meu é maior que a do teu alguma vez terá. Pouco importa se estamos ou não sozinhos neste quarto de banho. Estou desejoso de te sentir. De saborear os teus interiores. Começámos sozinhos. E foi sozinhos que começamos tudo isto. O devorar dos corpos suados, carregando sexo em todas as pontas soltas das mãos, a que tanto chamamos dedos.

Importa muito agarrar-te? Ou melhor, ter de saber como te agarrar? A melhor maneira de te beijar os lábios? Preciso de me preocupar com as palavras que a minha língua solta cá para fora quando a excitação se me eleva o ego? Somos como mortos-vivos que procuram a carne fresca para nos alimentarmos. Neste caso só a procuro para saciar a sede que o meu corpo tem de corpos de meninas. Tens a sorte de ser o teu que se apresenta sempre na minha lista de uma só pessoa.

Se o sexo sem amor fosse feito, certamente que o orgasmo seria mais intenso. Só que isto sou eu a pensar alto é claro.

1 comentário:

  1. Meu... Isso foi mesmo intenso. Muito expressivo e pormenorizado!
    Adorei isso não só pelo assunto que retrata mas também pela forma de como o descreves!
    Parabéns meu!

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