quarta-feira, abril 20

Dás-me calores.


Dás-me calores. Fazes o meu corpo querer provocar-te os interiores. Colocá-los ainda mais molhados, ainda mais quentes. E quando te for penetrar, que o faça depressa, com profundidade, de maneira a que fique todo dentro de ti, e sinta o fundo do teu buraco. Apetece-me fazer-te soltar um grito, ou um gemido e um cravar de unhas nos meus braços. Tens de me ensinar a fazer essas coisas que fazes com os lábios. Essa tua maneira de beijar também com os olhos. Da maneira tarada como me tocas.  Mesmo assim. Gosto. E gosto que o faças.

Vem respirar aos meu ouvidos. Sobe para cima de mim. Leva as mãos aos cabelos, agita-os no ar. Atira para o ar os gemidos e as intensidades que sentes vindo lá bem de baixo. O meu coração começa a acelerar. São as citações que fazes que me fazem ainda mais suado, com mais força para te fazer os caprichos de menina. Ora é "fode-me com mais força" ou "Mais depressa". "Come-me os buracos do corpo, estou louca por ti". Nesse momento passam-me duas coisas pela cabeça. "A rapariga está parvinha de todo" ou "fôoggu". Só posso concluir que a segunda é a que mais se adequa à situação. À mais velocidade, e o pénis mais fundo vai, cada vez que te sentas, uma, e outra e outra vez, como se tivesses a cavalgar. Noto então que é essa a posição que mais gostas. Mas, vamos fazê-la comigo em pé. A segurar-te pelas pernas e tu, com os braços à volta do meu pescoço. Vou empurrando o teu precioso rabo para a frente e para trás, tal e qual como se tivesses sentada no tampo de uma mesa qualquer. Gemes, gritas ainda mais. Consegues-me sentir? Voltamos os dois para a cama. Voltas os olhos para mim com excitação. Pegas-me na cabeça e puxas-a para ti, só para me beijares até que me falta o ar e fuja dos teus braços. Penetro-te de novo. Está tudo cada vez mais húmido  mais escorregadio. És tão sexy rapariga. Não deixas de me dar prazer.

Os pormenores do fim, fica para quem já os teve. E quem ainda não os teve, que não tenha pressas. O sexo não é apenas a melhor coisa do mundo. E se ainda és virgem, não tenhas pressas. Não deixas de ser quem és porque ainda o és. A vida levará o seu tempo para que tudo faça sentido na tua cabeça.

Só te peço que sejas branda e que não percas a cabeça, e me comeces a arranhar as cotas, só porque estás a gostar. 

9 comentários:

  1. Escrever como ninguém e (passo a citar as tuas palavras) «A minha forma de escrever, pode ser única e até ter magia.» não é a mesma coisa? Quando eu digo que escreves como ninguém, quero, apenas salientar que gosto de como escreves. Escreves muito muito bem. Se é com muito trabalho ou com muitas crises de seja o que for, que seja, mas escreves bem! Como dizes, escreves como mais gostas e sobre o que mais gostas. E aí sim, tenho que concordar contigo, escrever sobre o que gostamos ou sobre o que nos vai no coração (ou na mente) e meio caminho andado para que a nossa escrita seja genuína. Portanto, meu caro Pedro, eu não baseio a minha apreciação nas lágrimas que verti ao ler qualquer um dos teus textos porque, para ser sincera, isso nunca aconteceu e será muito difícil acontecer. Baseio-me, sim, na forma linear e coerente das tuas palavras. :)

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  2. Ah, afinal até gostas que elas chorem! Ahah.
    Não me agradeças; se eu não gostasse, não comentava :p

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  3. que lindo.
    é verdade é uma pena que sejam poucos os rapazes com coragem de admitir a merda que fazem, fico muito contente que também te mostres insatisfeito com isto.
    btw, adorei o texto... tem presença. :)

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  4. é claro que não somos nenhumas santas, nunca afirmei isso. mas acredito que se somos cabras é porque alguém nos magoou muito, e nisso posso falar por mim. posso-te afirmar que sei bem o que é ser 'gajo', porque já fui magoada. btw, não há cá santos em lado nenhum. porém, são muito poucos(as) que admitem as suas manhas assim, que admitem a merda que fazem, e isso para mim é grande motivo de orgulho. :)
    continuo a repetir, adorei o texto. eleva-me esse ego, não te metas em baixo. a tua escrita fascina. :)

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  5. obrigada. (:
    eu cá é que sei! ponto final. :P

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  6. "Só te peço que sejas branca (...)."
    Sim, porque isso é coisa que se peça, porque se pode realizar... "ela" pode mesmo escolher ser branca. ._.

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