sábado, fevereiro 26

O tempo, essa coisinha extremamente irritante


O tempo, essa coisinha extremamente irritante que passa por nós a correr, com o seu sorriso traiçoeiro, faz-me tanta dor de cabeça. Não me quero obrigar ou a sentir-meu na obrigação de me ter que habituar a que este passe sempre por mim a correr. Não o quero controlar, não quero. Só gostaria que ele ficasse só mais um bocadinho de tempo nas minhas mãos. Em vez de sair a correr para ajudar/apanhar as nuvens que ficaram presas no céu. 

Corro por entre ele, tentando perceber o que o faz ser assim tão rápido. Tento-o agarrar com todas as minhas forças. Só que, ainda não consigo. Fico feridas nas mãos e este, toca-me melodias para mas corar. Torna o céu redondo. Trás às vistas mais enamoradas as estrelas, mostra-nos como o passado existe mais depressa do que o próprio futuro.

Faz-me percorrer grandes distancias sem nunca deixar que desista a meio do caminho. No que me tornei, foi graças ao tempo passar a correr por mim, tocando-me no ombro suspirando ao meu ouvido: "Não julgues que espero por ti. Não penses que te vou dar as respostas todas, a todos os instantes da tua vida. São apenas minutos no meu relógio de pulso."

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