Gosto de poder sair de manhã, apanhar o comboio, virado a uma qualquer cidade do país. Levar na mochila, a máquina fotográfica, o caderno dos pensamentos, algo para comer, dinheiro, e muito mimo. Apanhar-te no comboio, ficar sentado ao teu lado. Sair do comboio, dando as mãos, caminhando para os sítios especiais, ou onde o nosso amor pode ser dado sem preocupações. Como os jardins, ou esplanadas à beira mar, ou ao lado dos edifícios mais velhos da cidade. Levar com o sol sobre as cabeças nuas de protecção, celebrando os pequenos ventos aconchegantes que nos batem na cara. Vamos ser só nós. Conversar sobre o que vai acontecendo, tirando da língua aquelas palavras feias, ou meter-mos-nos a falar sobre a probabilidade de como a criatura humana tem a capacidade de pensar.
Não quero que me sigas todas as vezes que andamos juntos. Partilha as coisas comigo, que eu irei fazer o mesmo contigo.
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