segunda-feira, fevereiro 21

É por ti que eu grito sozinho


Isso. Vai lá escrever novamente no teu blog. Dizer a quem te segue, a quem te lê, que gostas mais deles do que eu. Que são eles que te fazem rir com as palavras que gostas tanto de ouvir. E eu aqui, quando te tento mostrar o amor que me vai crescendo no peito por gostar de estar contigo, por gostar tanto de te ter ao meu lado, a fazer-me sorrir. Gosto de ti verdadeiramente. Não brinco com os sentimentos, nem faço brincadeiras com eles, como tu tantas vezes fazes. Amo-te, porque dizes que gostas quando sorrio, porque fico mais bonito e isso faz-me sentir com valor, como quando me dás a mão, ou me dás aqueles mimos quando estou contigo. Mas esta noite duvido que tudo isso seja verdade. Duvido que alguma vez as palavras que me disseste durante todos estes meses de namoro, fossem verdadeiramente reais e com sentimento. Sinto que tu só me tens porque ainda não arranjaste melhor do que eu. Sempre disseste o mesmo, que gostas de mim, que me amas, mas já não sei se acredito nas tuas palavras. Mas tu preferes as tuas amigas do blog, do que a mim. É a ti que elas querem, Pedro Miguel o escritor, aquele que escreve as coisas lindas nas paredes do seu blog. Elas adoram-te, tu adoras-as.

Posso ser eu a falar agora? Sabes aquele sentimento de dar um braço por uma pessoa? Não, não é a expressão, é mesmo dar um braço pela pessoa de quem nós gostamos? Daria tudo para seres feliz. Não te quero mentir, e não o faço porque gosto de ti. Gosto de te ter nos meus braços, de sentir a tua mão na minha, os teus beijos molhados, tocar na tua cara, olhar-te nos olhos e pensar que o amor me está presente. Não preciso de dizer palavras mágicas nem de tas ouvir dizer. Eu sei que tu gostas de mim, e menina, acredita que eu também gosto de ti. Não é "de verdade" que gosto de ti. Eu simplesmente gosto de ti. Adoro a tua presença, as conversas contigo. É certo que gostava de ter mais tempo para te conhecer, para estar contigo. Mas não tenho. 

É por ti que eu grito sozinho à noite com a almofada a afagar os meus pesadelos. É em ti que deposito todo o meu amor. É sobre os teus lábios que deixo os meus carinhos mais profundos sejam depositados.

 O essencial, para mim, não são as palavras bonitas que se dizem aos ouvidos. São sim, aqueles gestos que se vêem com os dois olhinhos que temos na cara.

4 comentários:

  1. Um olhar diz tudo. Apesar das palavras proferirem parte de nós, não são suficientes. E quando repetidas, podem perder o significado.
    O amor não se mede. Nem com frases, com olhos, gestos, o que quer que seja. Simplesmente, não se mede. É amor, e pronto. Quando se ama, não se ama "pouco" ou "muito". Simplesmente ama-se.
    Gostei do texto, mas acho que quando se dá mais importância aos seguidores do blog, a quem nos lê sem nos conhecer, a coisa fica grave.

    Beijinho

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  2. " O essencial, para mim, não são as palavras bonitas que se dizem aos ouvidos. São sim, aqueles gestos que se vêem com os dois olhinhos que temos na cara." Tão verdade. E tão poucas pessoas percebem isso. Que se pode dizer milhões de "adoro-te's" milhões de "amo-te's", mas que não valem nada sem os gestos que devem acompanhar esses sentimentos.
    Beijinho

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  3. "Eu simplesmente gosto de ti".
    Adoro a quantidade de emoções que esta simplicidade de palavras transmite. muito bom texto :)

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  4. Eu também me contento com um gesto. Por vezes as palavras são enganadoras.
    Adorei este teu texto. Lindo!

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