segunda-feira, fevereiro 22

Conta-me

Conta-me a história. A história de como deveria ser. Dá-me uma razão, de te dar a mão e o coração, porque eu não sei o que mais sentir. Pois pergunto-me, cada vez que te olho nos olhos. Pergunto-me se preciso de uma razão para tal. Conta-me aos ouvidos, que se fecham por ter medo de nunca mais te ouvir. De nunca mais ouvir a tua linda voz. Respira comigo, acompanhando o compasso ritmado da música, ou do bater dos corações. Se eu soubesse que pelo menos tu gostasses de mim. O meu coração bate, como um tambor. Foste tu que me deixaste com este desejo. Este querer de encontrar o génio da lâmpada, para que um desses desejos fosse para desejar e desejar com força que encontra-se a pessoa que tanto espero por conhecer um dia destes. Sim. Sinto o calor por baixo dos pés, a ir directo ao músculo do coração. Pergunto-me agora, se chegámos sequer a começar alguma coisa.

Porque não pões os teus braços à volta do meu corpo? Fecha os teus bonitos olhos, mantém-te ai, bem perto de mim. Bem chegada ao meu corpo. Respira à vontade. Sinto-me vivo, cada vez que digito o teu nome, por cada suspiro e pensamento que tenho de ti. Por cada respiração dada ao teu lado. Por cada momento em que os olhos se deixam envolver num ritmo inesquecível, querendo mais e mais, fazendo os corpos chegarem-se perto, e eu por medo, desviar a cara para o lado, para que não me chegues a beijar a boca e sim, a bochecha. Fecho os olhos, respiro fundo, sofro por o ter feito. Não te quero magoar, mas será a única maneira para te dizer que ainda não estou preparado para te beijar os lábios sedentes de saliva de sabores anónimos. Sinto a beleza do teu amor, e o bater do teu coração, cada vez que te dou a mão.

1 comentário:

  1. Sem dúvida o texto mais bonito que escreveste, na minha opinião <3 adorei Pedro, mesmo..

    Parabéns :)

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