domingo, fevereiro 21

Dói saber de tudo e não ser capaz de fazer nada.

Retido. Chuva. Sol. Lágrimas correm pelo rosto. Sinceridades que me queimam por dentro, todas estas verdades. Tenho uma réstia de esperança. Um curto espaço de poeta em mim. Tentara. Tentara sim. Criar o que não conseguia sentir. Obrigando-me a tais proezas de palavras enfeitiçadas. Julgava eu, que estivessem de tal maneira envolvidas com magia negra. Trazendo nas suas pontas, doenças ou delírios, fazendo o meu coração acreditar de que o amor que tanto ansiava ter, era verdadeiro, mesmo que não existisse menina, nem abraços, nem olhos, nem beijos, nem emoções, nem sexo, ou outra qualquer coisa intensa que tentara criar com uma presença infalível em cada texto meu, de uma presença feminina no meu delicado e tão fortificado coração. Até que, no ponto de hoje, sofreu um ataque forte. Um ataque, derrubando as portas e paredes construídas de pedra. De pedra era o meu coração feito.

Já não há luz. O que há, o que há em mim que te sabe tão bem nos lábios? Que coisa é essa? Vou deixar-te ir, ir de uma vez. Sem magoar ninguém. Sem porquês, nem interrogações incógnitas ou desrespeitadoras. Não quero levar isto a algo que não seja de bom agrado para os dois lados. Agora, estou a deixar-te louca de me ver a ir embora. Das coisas mais extremistas que digo. O que tenho de fazer, para que o coração bata da forma mais intensa possivel, por alguém que me chegue a dar mão, e no final do dia, se chegue perto de mim, beijando-me a testa, perguntando-me como estou? Abraçando-me com bom agrado e bom trato.
Não há sol, não há brilho. O mundo parou. De tudo o que podia ser, não fui. De tudo o que podia ter feito, não fiz. De tudo o que podia ter dito, não disse. De tudo o que podia ter sentido, ignorei. Neste momento, o meu corpo pede, pede à descarada de qualquer pessoa anónima que passa por mim na rua, de máscara na cara, de sorriso pintado a lápis, vou ouvindo. Ouvido o corpo, a pedir ao coração com toda a força: - "Morre!!!"

Peço, mais um sopro. Mais um respirar, nem mais um minuto. Fujo de tudo o que não gosto em mim. Estarei a afogar-me, ou a viver da maneira de como os meus sonhos me deixaram?

O que deveria ser não sou. Sempre pensei que vocês eram sempre boas de mais para mim. Pedir desculpa neste momento não chega e parece mal. Por isso vou seguir em frente. Tentando eu... (vou continuar a escrever para alguém que não existe) Para ti. Porque tu teimas, tal como eu em querer ser real, mas nunca chegas a aparecer.

3 comentários:

  1. faço-te uma pergunta: és virgem?
    olha, eu sou. não é uma questão de fazer as mesmas posições vezes e vezes sem conta, não estás a compreender o que te estou a tentar explicar.
    apenas te disse que as mulheres não gostam de sexo puro e duro. extritamente carnal. e não, as mulheres não gostam de levar no cu! por isso é que falei na "dogstyle", não tem nada a ver gostar de inovar ou não :|

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  2. O título penso que diz tudo...Parabéns, como sempre, pelo estilo de escrita :)

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