domingo, janeiro 17

voizie

És princesa. Princesa num mundo sem Reis. Sem uma alma nua, ou vestida por completo com roupas de cavaleiro protector de almas belas. Arrastas essa capa de um branco puro, pelas escadas do palácio que tanto te tenta manter aprisionada num sentimento que não queres ter. Aquele de solidão. Dá-te o silêncio que não queres chegar a provar, não o queres ouvir, pois é esse silêncio que faz feridas onde eu costumava ter uma coisa chamada coração. À muito que o deitei fora, por pouco ou nada o utilizar. Também eu vivo sim, num mundo sem Rainhas. Como que para sempre, as minhas asas me foram tiradas, por já não serem úteis nos anos que estava a viver. Passaram 2 anos desde a ultima vez e já é tudo tão "mentira". Quase inexistente.

Vivo e sinto mais contigo, que nunca conheci, porque te inventei numa imensidão de textos e sentimentos que gostava de sentir, que já quase me pareces real, apesar de nunca te chegar a tocar. Não te beijo, não te abraço, não te digo o quão importante és para o bom funcionamento do meu coração. Como és o sol que o mantém quentinho em todas as manhas de todos os dias, frios ou de sol posto. Choro, choro muito, por saber que não és real e que apenas fazes parte de uma imaginação sem sentido realístico. Porque o silêncio que me ameaçou consegui convencer-me a criar a tua personagem. Uma modelo que nunca conheci, inventando um rapaz que nunca aconteceu, nunca fui, e que temo não chegar a ser um dia. Mas.. És Princesa/Rainha... Queria um amor, onde os passeios fossem razão de saborear os beijos do vento, cheirando os aromas do jardim repleto de flores das mais variadíssimas cores nos poderiam dar.

Não existes. Queria que existisses. Desenhar-te num papel e como por magia ganhares vida. Seres uma fada ou um anjo dos céus azuis. O tempo, contigo pára ou deixa de existir. Deixa de dar os tic-tac's. Deixa de fazer sentido de existir. E, memso para acabar, gostava de não voltar a falar sobre ti. Sobre uma pessoa que não existe em carne e osso e dizer simplesmente que adoraria que me envolvesses uma vez mais nos teus braços aconchegantes e invisíveis, dizendo palavras, das quais tu sabes que eu gostaria de ouvir de um sexo feminino, da tua espécie, com o maior carinho do mundo, transportando a ternura na ponta da língua, e um sorriso a pairar sobre os olhos, retribuindo os calores que eu um dia te dei, por estares tão ausente de mim.

8 comentários:

  1. por mais duro que seja, gosto da tua escrita.

    ResponderEliminar
  2. eu e tu com as histórias dos principes, das princesas, e de todas essas coisas que idealizamos... que dupla :b
    mas os teus textos são muito melhores :D

    ResponderEliminar
  3. Gostei para não variar =P

    ResponderEliminar
  4. O que escreves me lembra o filme da "Mulher invisível" (é brasileiro) :)!

    Paz para ti!

    ResponderEliminar
  5. E por a sinceridade as palavras nunca magoou ninguém... Apenas a realidade dos nossos dias é que não coincide com as nossas expectativas. Adoreiiii *.*

    Beijoca*

    ResponderEliminar
  6. Adoro este teu texto, torno-me repetitiva mas enfim.
    Não há muito mais a dizer.
    Isso transmite-me algo que vou sentindo por uma pessoa. Uma pessoa que vejo todos os dias. E que toco todos os dias também. Mas eu criei-a na minha cabeça, como gostaria que ele fosse.
    E é por isso que me vou desiludindo com o passar dos dias.. Porque vou vendo que amo o corpo que está à minha frente, mas amo a alma que criei na minha cabeça e que não está dentro daquele corpo. Se é que me entendes.
    beijinhos.

    ResponderEliminar
  7. Mas não se pode ter medo de amar, não é?
    É facil dizer isto, mas para se viver o amor na sua total plenitude é preciso não ter medo.
    Como se costuma dizer ' o medo é o maior inimigo do amor.'
    Porque apesar de ser muito dificil de ser vivido, é optimo de ser sentido.

    ResponderEliminar