sábado, janeiro 9

O cheiro... Complicações.

O cheiro a um perfume característico, faz-me cliques na cabeça, avisando-me de que és tu a chegar perto de mim. Eu, com outro perfume, completamente estranho, de um nome não muito conhecido, invade também o ar que vamos respirando devagar. Abraças por trás, todo o meu corpo, interrompendo o pensamento que estava a ter sobre ti. Tinha saudades destes toques em mim. À muito, que este corpo, tem chorado a tua ausência. Viemos esperar o comboio que está prestes a partir. Dentro dele, respiramos de alivio. Conseguimos entrar, sem o perdermos. Agora, indo a caminho da feira das aventuras, das diversões espontâneas e casas de sustos, dos abandonos imediatos sem respostas rápidas.

Eu prometo, que a culpa de querer comer o capuchinho vermelho, que caminha com a sua culpa agarrada ao fundo dos bolsos, esperando que alguma magia negra lhe tire o sofrimento, és toda minha. As sensação chamam, e chamam pelo seu nome, deitando-a a abaixo, sem uma explicação aparente. Tira o sobretudo vermelho, invocando num gesto de passar a mão pelo meio dos cabelos louros presentes na sua cabeça. Limpando, qualquer objecto morto à sua frente, qualquer coisa que lhe tire a visão. Olha fixamente para o fundo do caminho, avistando uma clara luz que se aproxima a toda a velocidade.

3 comentários:

  1. :) Lindo de se ler...
    às vezes vestimos esse sobretudo vermelho sem darmos por isso

    Beijinho

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  2. Que posso eu dizer???

    Gosto mesmo do modo como escreves.
    Consegue-se sentir o significado de cada palavra. Como se se tratasse de um provar de doces.

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