quinta-feira, janeiro 21

Já não o procuro.

Já não o procuro. Não. Não o encontrei. Arranquei-o do sitio, pois ele não queria sair do seu poiso. É constante este vazio. Com ele, apenas tinha os seus batimentos cardíacos como companhia. O som que faziam, as pressões no meu corpo. Não o pude deixar à solta, ou atira-lo para um canto. Impedi que desaparecesse. Era a sua ultima meta dentro deste corpo frio e paralisado. Pálido e vazio. Arranquei-o. Enfiei com ele dentro de uma caixa, bem perto da mesinha de cabeceira. E trato-o como se fosse um pequeno roedor preso na sua gaiola, que cada vez mais, o vai apertando. Vai-lhe apertando o coração. Tirando-lhe o ar, fazendo-o irrespirável vezes sem conta. Tirar-lhe as noites de sono, atirando lá para dentro sons estranhos, aos seus ouvidos pequeninos. Mas eu não posso evitar que o meu coração sofra do mesmo. Pois ele sempre sofreu até hoje. E nada pude fazer, que soubesse para o evitar. Ainda hoje desconheço o segredo para impedir que ele sofra de tal maneira.

Por agora não quero mais pensar em ti. Nem naquilo que poderia vir a viver a teu lado, nas noites onde só te apetece saltar para os meus braços, e roçares-te em mim como se fosses um gato. Aparecerás quando quiseres. E que seja de forma inesperada.

7 comentários:

  1. não penses mais nisso, não vai ajudar nada. Um dia vai aparecer inesperadamente! <3

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  2. Gostei desta tua mudança...
    Fazes-me lembrar alguém (a)

    Beijoca

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  3. Há um fim para tudo, ou então um começo...

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  4. não vale a pena criar ilusões.. vai ser exactamente quando menos esperares, que ela vai aparecer :)

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  5. Eu também já disse chega ao pensar mais no que poderia ter sido. Há dias em que temos de mudar a estratégia se queremos viver bem =)

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  6. às vezes, mudar é bom, muito bom :)
    Estes teus textos >.<

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