quinta-feira, dezembro 3

Tudo o que eu amo morre...

call by ~prismes
Tudo o que eu amo morre. - Camões.

Portugal perdeu o mundo, o conhecimento e o coração que o fazia e tornava grandioso pelas suas obras. As suas obras impostas por uma escrita única e imparcial. Não mudava, nem se alterava. Tinha dignidade e curiosidade. Albergava o mundo que só o Português tinha na mente. O seu único lugar onde sonhava e vivia a sua aventura de alma e coração, procurando aventuras, descobrindo os 5 cantos do mundo, cantarolando o seu país. O mundo que já foi nosso, que neste momento, jaz debaixo dos nossos pés, dentro e bem enterrado dos nossos corpos.

Ó Portugal em voz,
Teus cânticos atroz.
Memórias do passado
Rico, em ti,  corações.
Repletos, sim, todos imortais,
Neste Reino, Imperial
Tornam nosso Portugal,
Príncipe real.

Recordo do que fomos. Recordo o que somos. Recordo o que fizemos. Recordo o universo que tivemos a nossos pés. Do orgulho que parece morrer nestes dias silenciosos, de noites escuras e corrompidas pelas vozes do passado que espera ser uma vez mais recordado. As paredes vão abaixo e pergunta-se: Onde estão os choros de todos os que testemunharam o nascer de uma nação? Onde está o amor ao coração de uma língua que descende e se vai desvanecendo pelo seu mapa que começa a ser cada vez mais pequeno. Onde as memórias que nela habitam se desfazem e se relembram com a escrita que este Portugal nos deu.

Português imortal, povo banhado num desejo insaciável da vinda do rei mais precioso da nossa nação. Lutou, morreu desapareceu. A esperança que nos é guardada no peito, todos os dias que já foram e que se vão, são cada vez mais, mesmo assim a esperança não está a morrer, está apenas a ficar ténue e invisível. Os nossos antigos sonhos, morreram da doença da ganancia.

6 comentários:

  1. estás a brincar ? nota-se nas tuas palavras, em tudo o que tu escreves. o sentimento que carregas nos teus textos, tens a tua maneira e o teu talento! acho que escreves mesmo bem (:

    ResponderEliminar
  2. é inexplicável, acho eu, ou então preciso de muito tempo para explicar

    ResponderEliminar
  3. Ora aqui está uma coisa diferente do habitual. Não é que não esperasse, mas também nunca imaginei que fosses escrever sobre a nossa Pátria, Pedro...

    Ainda hoje somos uns divagantes do romantismo e viventes do sebastianismo. Já está entranhado em nós... Legado de gerações.

    Muito bonito* :) Sincera...

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  4. Olha para os textos que escreves e verás ;)

    ResponderEliminar
  5. Tenho orgulho de ser portuguesa.

    Elo.

    ResponderEliminar