domingo, agosto 30

[História] Continuação...

Antes de prosseguir, Inês foi interrompida pelo sol que banhou a folha, deixando-a sem perceber as palavras lá estampadas. Fechou os olhos e voltou novamente à folha.

“Comeu, foi para o seu quarto a correr, fechando a porta com cuidado, para não ser chateado pelos sermões das funcionárias. Fitou uma gaveta, e revirou os olhos, e abrindo-a, retirou da gaveta, um pequeno lápis e um caderno, onde escrevia pequenos pensamentos e técnicas de melhorar as suas habilidades. Escrevera sobre pássaros, de como conseguiam viajar por todo o lado, sem pedir a ninguém, apenas bater as asas e voar.
Fora a correr trancar a porta do seu quarto. Vestiu-se de forma a ir correr, pegou numa das fotografias espalhadas pelo quarto. Um pequeno penedo no meio do mar alto virado para uma enorme gruta. Observou-a, fechou os olhos e sem demoras, apareceu nesse pequeno penedo, mesmo à entrada da gruta. Voltou a fechar os olhos. Está dentro da gruta. Pega num pequeno pau, e diz umas palavras numa língua esquisita e o pau ganha um enorme clarão na ponta, iluminando metade da gruta. Sebastião vai para lá sempre que pode, para descobrir e aventurar-se mais sobre tal gruta que o deixa fascinado. Num dos corredores, existe um salão enorme com um pequeno amontoado de pedras, com objectos seus. Repousa num canto. Aquele pedaço de terra, não tem tempo, nem contagem de nada. Os relógios lá estão parados. Cada lágrima que solta, torna-se numa anedota que fica pelo ar até parar de se rir. O mundo lá é o contrário daquele em que ele vive. É diferente. É mágico, calmo. E gosta de lá estar.”

Inês encantada, correu o jardim, em direcção a uma cerca meio desvairada e partida. Pulou por cima dela e correu em direcção ao enorme campo, repleto de árvores colocadas completamente ao acaso causando uma das imagens mais tranquilizantes que vira na sua mente. Sorri e risse com os pulmões a bombear o ar novamente para fora para receber mais e mais. O coração salta de contemplação. Os seus olhos brilham com uma concentração fora do comum. Senta-se por fim. Encostando-se a uma árvore e repousando a cabeça num tronco meio saído da árvore. Volta a abrir o livro. E continua com a história que lhe está a tirar o coração das mãos, enviando-a para um mundo onde as surpresas são reais e a harmonia do silêncio é mais do que a melodia das pessoas com quem nos damos.

7 comentários:

  1. Eii homem!
    Escreves bem :]

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  2. desde que não leves a miuda por maus caminhos, isto até está benne (6)




    PS. mas tipo era bue de giro se levasses (a)
    , torna a gaja numa toxicodependente por via das dúvidas 8D

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  3. «Aquele pedaço de terra, não tem tempo, nem contagem de nada. Os relógios lá estão parados. Cada lágrima que solta, torna-se numa anedota que fica pelo ar até parar de se rir. O mundo lá é o contrário daquele em que ele vive. É diferente. É mágico, calmo. E gosta de lá estar»

    Até eu gostava. Não. Minto. Amava.

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  4. oh, não era preciso.
    adoro essa musica e sei-a de cor :b

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  5. eu vi-o ao vivo :$
    - e saber, que o amanhã será muito melhor.

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  6. Tive que vir ler! ausentei-me dois dias, sorry x)

    estou a adorar :D

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