Dou voltas e voltas. Permaneço no lugar. Tento compreender qual a melhor maneira de fazer as coisas sem me magoar. Quero ser livre, e ao mesmo tempo preso a alguém. Compreendo sim, compreendo qual a melhor maneira de viver. Viver sem compromissos, parece que é o ultimo grito tentação.
Mas tenho de estudar. Tenho de resistir.
Deixa-me falar. Querida, olha bem para lá da janela. Observa bem a flor que cresce no teu jardim. Essa flor que deixou de ser eu. Ela sobe chão a cima e nem questiona os obstáculos que lhe são apresentados. Come água como nós comemos o amor de cada pessoa. Bem em baixo e passando a mão por cima ela queixa-se de falta de luz. Tal como tu dizes ter falta de alguém que te faça aquecer o objecto que o teu corpo defende dentro de ti.
Só não coloco os meus objectos internos porque vivo sem objectivos traçados. É viver e viver sem fazer a questão do que é que vai ser feito amanha. Os palpitares das pálpebras fazem-me lembrar o teu ultimo desejo e um amargo beijo. Lembras-te quando me colava a ti e nem sabia o porquê descobri hoje que sou mesmo assim. Colo-me de mais, mas sabes outra coisa a mais do que agora? Vou deixar de ser assim. Só me faz mal e mesmo assim vou sentir falta deste típico e angélico estar, que é colar-me a toda agente que me dá amor ou que eu posso estar por um bom bocado aos beijinhos ou aos abraços. Vou mudar antes que dê em maluco. Não quero ser o que não quero. É como sofrer de esquizofrenia.
Chego a partir tudo dentro de mim quando dou comigo a fazer coisas que nunca esperei voltar a fazer. Parar de estudar só para estar com uma rapariga. Lindo. Pedro, muito bem. É assim mesmo. Falta aos estudos, sofre depois. Não!! Desta vez vais ser diferente, não vou voltar a fazer o mesmo erro. E não vou deixar. Tenho de conseguir abstrair-me dela. Tal como estou a fazer agora. A escrever.
Já se está a desfazer a deformação.
Este texto desta vez não merece imagem. Não quero estragar uma imagem para um texto de merda. Literalmente mesmo!
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