O vulto estranho que fala em mim.

Future Ballerina by *Marinshe

A minha criação... Parte de mim escrita num byte de um computador. Visto por todos, ao olhar do mundo. Num pequeno quadrado debitando conhecimento, parte dele, vida de uma pequena criança, desesperada a aprender a ser e viver feliz. Pequena tentação de chamar a atenção de alguém... Não é mentira, é bem real e verdadeiro. Escrever para alguém que não conheço, talvez uma das coisas mais esquisitas e fáceis de fazer. Será sempre mais fácil falar com alguém que não nos é nada e ao mesmo tempo sabemos que não surgirá nada de mal nesse meio inóspito.

Grandiosa é a obra, de uma escrita já esquecida, em tempos gloriosa.
Perdida no tempo da simpatia. Criticada e deteriorada pela supremacia no tempo outrora presente de um feliz e radical momento. Vem de dentro e hoje está cá fora, não cede, não se mexe. É algo que sobra de uma mente que já não chora. Uma vida desperdiçada. Porque não tinha nada. Uma alma morta, mas recordada sem os entendimentos do porquê. Mantêm-se assim para sempre. Toda agente pede desculpa por apenas o tornar numa lenda enquanto é vivo.

Acorda, acorda... outro sonho foi tornado realidade. Já pouca gente acredita nas probabilidades que tudo o que desejam tem de se concretizar. Nem é preciso acreditar, nem sonhar nem pensar, nem querer. É apenas viver tal pensamento e tirar daí as melhores coisas e aplicar nos momentos seguintes... Juntar tudo e viver assim por um tempo ilimitado de inexistência de um futuro ainda desprendido.

Qual é o teu nome outra vez?

O vulto estranho, fala de mim. Lá está ele outra vez. Estou desconfiado. Ele é estranho. Sou tão estranho como ele. Mas ele consegue ser mais. Não quero admitir que o estranho sou eu. Desconfio dele e ainda penso dele. Fala de todas aquelas pessoas que nunca irei conhecer, todas aquelas pessoas que nunca irei ver. Todas as alegrias que não irei viver, mais do que na minha mente. Todas as memórias que guardo, ocupando espaço para guardar o que me deixa hoje contente. Sinto-me bem ao ver o que fui e o que sou neste momento, que nada me poderia ser tão, tão meu se não o que é hoje.

Eu adoro roubar tudo o que vês. Adorava ser modelo, modelo de tudo, para tudo. Em tudo.
A vontade de escrever é cada vez maior, é um amor que não se prende, nem precisa de ter muita atenção. Escrever sobre coisas das quais já ninguém gosta de ler, pouca...

Hoje vi, e absorvi, inclusive contemplei, a garota mais linda que já vi na minha vida. É a Bela, que de bela não lhe escapa nem a pontinha do nariz. Sorriso belo, mãos suaves, olhos encantadores. Fiquei como uma criança a olhar para um gelado da "Olá" (publicidade haha). Era demasiado linda para uma pessoa como eu. Para uma pessoa com um temperamento como o meu. Demasiado bonita e de uma personalidade tão simples, para a minha delicada simpatia. Em partes de mim, ela unia-as num toque. Tão única e perfeita. Tão saudável e contente de si mesma. Poderia continuar a falar dela, ou de qualquer rapariga que me desperte o coração. Pessoas bonitas e simpáticas. Queria poder grava-la e revê-la todos os dias ao acordar. Rever todos os seus pormenores. Saber tudo sobre ela, sem lhe chegar a falar, ou sequer... Tocar. Quero falar... As cordas vocais ficam demasiado tímidas para soltar um som.

Tira as mãos da minha estrela. Não é tua, e nunca será.
Queres ser a minha estrela? Faz para tal, tal como eu faço para ter um bom par de mãos, meigas para as poder tratar.

O sol já brilha!

P.S: As raparigas têm um segredo. Um segredo grande. Não o querem partilhar com os rapazes. São demasiado egoístas para contar. Mas eu descobri. Mas também não conto.
Queres saber como saber? Trata-as bem. ^^