Por favor olha para mim nos olhos.
Faz-me esquecer todo o mal que te causei.
Todo o ódio com que te impregnei.
E tirar-te aquilo que te deu sustos.
As portas estão abertas, para lá destas paredes que se enchem do som dos nossos choros, cambaleando todas as nossas discussões, e as dimensões do corredor que os objectos ganharam força e velocidade. Sonhos tornaram-se realidade, as fotografias foram tiradas vezes sem contas, muitas ainda estão pregadas à parede, onde um dia recebeu um ataque teu, fotografias frágeis e delicadas romperam o chão, abrindo buracos de ansiedade e de desespero. Os tapetes confusos com as pisadelas e objectos neles quietos, das gotas de água que formaram pequenos charcos de água, das lágrimas que todos os dias deixavas sair de dentro de ti.
As alegrias, pertencem-te. As emoções, pertencem-te, os pesadelos fazem parte de ti, entre muitas outras coisas, o que mais gosto em ti, é da tua capacidade de me encher de lágrimas e de inveja, com a tua voz e personificação invisível em todos os gestos que crias ao meu lado. Tudo o que tu queres é matar os teus desejos. Suspiras por não poder pensar duas vezes seguidas, o tempo esgota-se e não gostas disso. Respeitas os meus olhares perante ti. As tuas orelhas ficam vermelhas e quentes quando algo não te agrada.
Os sustos que um dia me enchiam as enormes caixas da minha mente. Os teus braços que me aconchegavam e seguravam para não aleijar mais ninguém a não ser tu. As recordações de letras escrevidas em guardanapos que ostentavam as maiores canções e dedicações de cada um, para cada um. Tu és a minha melhor amiga, és tu que me tiras o pó, que me limpas as teias de aranha, que me dás uso ao corpo e mente. Amas-me, e invades-me a vida quotidiana.
Um dia...
Eu pensava que o amor fosse maior do que aquilo que tu odeias.
Eu pensava que o amor podia mudar o teu coração, mas estava errado.
Hoje penso...
Acredita em mim, confia em mim, não terás melhor personagem na tua vida e ao teu lado se não eu. Não poderei ser substituído. Sou imperfeito e mal educado, e parvo e egoísta e desmedido de roupa. Sou um baú de sentimentos e de letras e palavras por escrever e serem ditas com consciência e falta dela. Sou parte de tudo e de tudo nada mais sou do que apena mais um. Sou-te parte, e imparcial. Criativo e digno de vivência. Mostrando carinho e amor e tentação, no olhar que te envio a cada beijo e olhar matreiro e silencioso que não vês no teu coração.
Sou mais do que penso, e menos do que esperas que eu seja.
Este homem morre no canto do seu próprio coração.
Sou um museu por apreciar.
Este homem morre no canto do seu próprio coração.
Sou um museu por apreciar.
Não, não te vou chamar nem maluco e nem esquizofrénico. Porque a minha opinião acaba por ser igual à tua de certa forma, quando dizes que "quem não vive como quer, é porque ainda não encontrou a coragem de viver e de pensar que um dia isto tudo deixará de ser apreciada" não podia estar mais de acordo. :)
ResponderEliminarNós por mais adjectivos e verbos conjugados que saiam da nossa boca, nunca vamos conseguir determinar a beleza, ela não se descreve, sente-se! Ainda por cima quando se trata de amores e emoções.
P.S. O parolo aqui és tu óh :P
Elo.
Este texto deixa qualquer pessoa sem palavras, estou certa disso. Está divino.
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