terça-feira, junho 2

Um sorriso pela minha doença.

Quero fazer esta troca. Um sorriso pela minha doença.

Um amor de mentiras. Cada uma bem escolhida. Esperança apagada no escuro protegida pelo lado negro. Quero esta troca. Uma troca justa. Apaga a minha doença. Não te quero ver cair. Não a sustentes, apenas larga-a de uma ponte ou atira-a para o infinito. Porque é que não te consigo fazer feliz? Dá-me uma oportunidade e ajuda-me a tirar esta doença de dentro de mim. Esta doença que me impede de dar-te o que tenho de melhor e ajudar-te em tudo o que for possível ajudar. Desculpa, o meu mundo está cego, procuro com ansiedade a chave para a cura desta doença. Apenas destruirei o que já sou, se a quero fora de mim.

Abro o meu coração cuidadosamente, não te quero perder, não quero que fujas dele. Eras tu de quem eu andava à procura. Quero chorar, mas as palavras não me deixam. As palavras que escrevo constantemente, impedem-me de chorar. Aquelas lágrimas que perdemos a chorar por quem nos fazia sorrir e saltar de alegria, deixam de ser sentidas. Quero dormir. Um dormir calmo, com a tua mão pousada sobre o meu rosto e a minha cabeça aconchegada no teu peito.

Em tempos eu era feliz. Feliz sem ti. Feliz contigo. Feliz com pouco ou com tudo ou até mesmo sem nada. E tu... Tu que me apareces-te na vida sem querer, sem pedir, tornaste-te num espinho que não quer sair e que ao mesmo tempo faz ferida. Quero tirar-te, mas és a única recordação de bons momentos que tenho e não queria nada chorar da dor que vier com isso... Apenas estás a servir de ponto para os momentos que quero voltar a sentir.

Espero pela tua mão. Pelo toque do teu nariz na ponta do meu, do teu olhar perplexo, de uma exaustão contida, de um folgo acalmado por um beijo, fofinho.

2 comentários:

  1. Não me venhas com tretas proferindo com palavras que te sujam a boca que escreves pior agora. Agora, AGORA eu não ouso soltar linhas, simplesmente embrenhas-me nas tuas palavras e a leitura não finda. Os olhos não descolam. Não tenho mais nada a dizer. Ah, até posso dizer, continua a por imagens que eu gosto que me adoces os olhos ou me os firas também com elas. (:

    ps: gosto do blog assim.
    pps: gosto mesmo da tua escrita agora.
    ppps: tu ganha-me juizo.
    pppps: beijinho (a)

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  2. os germes era para fazer uma 'graça' tipo «ge(r)mes». Queria salientar a dor do outro. Era pôr o 'r' em letra pequena e parenteses mas escapou-me depois. Ficou privada x)

    --- se o coração já bate é o que importa. Eu não me importo de te dar choques palavrónicos para ele aquecer e palpitar. Quando por algum motivo uma aragem desconhecida por mim passa por ti e o congela. Eu não me importo. Um dia irei esculpir no gelo e revelar obras primas ao mundo. E tu és a pedra que eu decidi esculpir para o meu pessoal treino. Não uso as mãos. Deixo que o coração trabalhe e a voz se eleve. Um dia com um sopro
    mudo o mundo. E o meu sopro saberá a menta. A tua inspiração é menta para mim. Um frio que corre o corpo todo e aflora os nervos sensitivos. è desconfortável quando falas cheio de mágoa. Mas depois passa a pertencer-me, o frio que circula em mim já se torna essencial. è mais uma sensação que me leva a esculpir, a drenar emoções. A originar acções. Tecla a tecla, a tua menta faz sentir-se em mim. Um dia num sopro mudo o mundo.

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