sábado, junho 20

Não vejas só o teu caminho...

lado a lado by ~Hidden-target

Estás parado, e eu nem sei bem porquê. Parece que alguma coisa te assusta. Alguma coisa te atormenta a alma. Diz-me, fala comigo. Estás a espera de alguma coisa? Esqueceste-te de alguma coisa? Alguém te tirou do seu mundo do tamanho do universo? Foi algo de mau que te aconteceu? Pareces-me tão preocupado. Mesmo muito preocupado. Seja lá o que isso for, não deve ser razão para estares assim. Certamente que existe alguma coisa que possas fazer para contornar isso.

E diziam os gentis... Que para se escrever com amor, se devia escrever em poemas... Não me importa a maneira, nem os feitios da minha maneira de escrever. O importante, é abraçar as palavras e dar-lhes o amor de que tanto precisam. O amor que não recebem todos os dias. Todas aquelas palavras e letras que são mal tratadas. Dar-lhes amor. Amor esse... Que eu tanto estou a precisar neste momento. Um simples Olá. Um sorriso no rosto, nos olhos. Chegava-me. Mas... E quem sou eu para receber tudo isso? Que faço eu para receber isso?! Nada. Não faço nada. E sou capaz de acabar este texto assim. Solitário e com a imaginação na ponta dos dedos, e a realidade do peito que sente o frio do meu próprio quarto. Acalmo-me por segundos... Vou cagar/obrar. x')

Aplicamos limites a tudo. Até aos passeios, por onde caminhamos todos os dias, em cada pedra, bem posicionada, como uma peça de xadrez no seu tabuleiro. As árvores que delimitam linhas imaginárias em quadrados imperfeitos, cheios de inveja e revolta. Todos os interesses que nos circundam. As linhas invisíveis existentes nos bancos do jardim. "Está ali uma pessoa, senta-te para lá da linha, não a pises" Até nos limites da nossa vida, do espaço que nos é privado.

Sou amigo da imaginação. Mas ela para mim não é mais do que uma imaginação...
No dia em que nos conhecemos... Dizia que éramos iguais, mas no final éramos bem diferentes.

Sem comentários:

Enviar um comentário