sábado, junho 20

Diz-me tempo. Quanto tempo tens?!


Pára. Pensa bem no que estás a fazer. Coloca o ouvido perto do telemóvel e ouve o que estou a dizer sobre ti. Respira com calma, não faças barulho, pois ele pode ouvir. Somos os melhores amigos. Diz-lhe isso. Ele já pensa que andamos. Tira-lhe as manias e as teimas.

O meu coração ficou preso à tua camisola. Não vás. Espera deixa-me pelo menos tira-lo. Calma. Ainda está agarrado. Pronto, leva lá o meu coração contigo. Vou procurar outro pelas ruas.

Os meus olhos já não fazem a sua função. Não vejo como mudar... sinto alguma coisa... Que esperança me dás depois deste dia? Obrigações? Aqueces o meu corpo, até que fique suado. És uma luz que queima. Eu sei que tenho buracos, mas sei lidar com todos eles, e alguns que me fogem das diárias lutas... Até que muitas vezes, me vejo obrigado a chorar para os tapar (aos buracos). Consumo todas as tuas mentiras. Todas as tuas imperfeições. Se sou o que toda agente diz... Deixa-me pelo menos ser o que acho sobre mim. Deixa-me olhar ao espelho só mais uma vez e dizer-te/vos nos olhos o que vejo em mim. Por todos os dias que chorei... Saí de todas as minhas ideias. Já não tenho medo. Dia diferente. Dia em que deu para perder o medo e encarar outros de lado.

"Todos nós temos fobias... Durante a vida muitas perdem-se pelo caminho, enquanto que outras com o medo de serem perdidas e esquecidas, agarram-se a nós, para nunca nos esquecer-mos delas. Que elas existem. Mas um dia terão de se ir embora do nosso corpo. Das nossas roupas, dos nossos pensamentos. Até que nesse dia, tudo se ilumina e vemos tudo o que com as fobias não víamos."

Se o nosso tempo é pequeno. Deixa-me escrever, que uma milésima de segundo pode durar milhares de outros novos milésimos de segundo. O tempo, só é tempo, quando se está parado.

Quantos anos terá o tempo que vivemos? Aquele ao qual chamamos de "Tempo"?

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