quinta-feira, junho 11

Há promessas

Há promessas que podem ser partidas. Brilha-se na mesma sem essas promessas. As pessoas morrem de amor. Tal como eu um dia morri. Fiquei cego. Cego por todos os medos. Cego por todo o amor que acreditava ser real. Então, hoje sonhei. Sonhei o que nunca queria sonhar. Sonhei como o que me mata por dentro. Este sonho que me disse tanto e ao mesmo tempo que me enganou em tanta coisa. De tanta coisa estava enganado. E de tanta coisa estava certo. Este sonho que foi...

É um sonho que não quero mais sonhar. Perdi-me nele. Queria morrer dentro dele. Morrer num para sempre existente. Era confuso e perseguidor e ao mesmo tempo tão pensativo. Que mal fiz a minha alma a deus? Transbordei de afinidade. Quero cortar este laço que me prende. Que me prende a alguém que já não quero. A alguém que já esqueci. A alguém que me persegue em sonhos e que na vida me faz perseguir. Perder!!! Perde-te tanto quando se perde alguém por quem se teve tanta afinidade. Bah e eu não consigo de deixar de pensar nessa afinidade. Deste coração mole colado ao meu peito. De todas as baterias que forçam este coração agarrado ao meu peito sair e por o meu a funcionar novamente. Livre e limpo de novo. Saudável. Que mal fiz eu? Qual foi o mal que fiz, para além daquele que já sei que fiz? É sentir-me ainda mais culpado? É sentir que dei tudo e não recebi nada?! Ou que nunca dei nada e que recebi tudo? Talvez haja limites em tudo. E eu... E eu que detesto limites.

Por trás dos meus medos, eu acredito que não irei cair outra vez. Já não existe anjos para me proteger destas turbas águas e amargas mágoas. O choro e a solidão estou ao meu lado. A falar comigo. A dizer o que já sei e o que não sei. O coração começar a bater com força. Não o consigo fazer parar. Começa a doer. Não o consigo controlar. Está forte de mais. Ele está-me a fazer sofrer. Pára por favor. Pára de me fazer sofrer. Pára. Pára. Páraaaaaaa. O meu coração explode. Já não quero coração algum. O ar começa a faltar. De pressa, volta, beija-me intensamente e fica comigo por perto. Deixa-me se queres. Quero uma outra então. Mas rápido. O ar começa a faltar. Preciso de respiração boca a boca. Rápido. Já me sinto a perder os sentidos. Todos eles. Começo a ficar sem forças. Começo a deixar de me sentir. Os olhos tremem. Tudo se apaga lentamente. O branco clarifica-me os olhos. Fico morto estendido no chão. Morri por causa do amor.

Tem mais culpa a palavra "amo-te" do que a própria pessoa em si. É sempre mais fácil culpar algo que usamos para descrever o que sentimos do que essa pessoa que nos fez sofrer. E sofremos nós com isso.

Esqueces-te de mim. Esqueces-te de nós.

Sem comentários:

Enviar um comentário