sexta-feira, maio 29

memorias mortas pelo tempo

O meu coração parou. Está morto. Seco do teu sangue. Todas as tuas fotografias, estão rasgadas na mesa da cozinha. Chove lá fora. É a chuva da minha doença a crescer dentro de mim. Acreditei como um patinho. Fazias-me sentir um cisne, de uma maneira estranha eu ainda me sentia o patinho feio. Tal como agora me sinto. Sente-me a chorar pelo toque da tua mão no meu cabelo.

Este acumular de agonia. Faz-me respirar o ar puro. Os anjos dos teus sonhos estão no meu peito. Já não te sinto. Já não te cheiro. Dás-me pequenos apertos no coração. A minha ingenuidade torna-me fraco nas tuas mãos, uma autentica marioneta. Tu partes, tu pagas.

Tira esta respiração do meu peito. Corta-me a garganta, pois eu estou melhor morto. A minha vida foi desperdiçada. Agora vejo o que está escondido dentro de mim. Nunca mais te irei perguntar ou pedir seja o que for.

Eu sei que sou feio. Sei o monstro que habita em mim. Mas nenhum será tão diferente como o meu. Mas ser diferente já não importa. O que importa é se dá ou não para comer, se dá ou não para curtir, se dá ou não para ter sexo.

Que importam os outros? O que aconteceu com outras pessoas fica parado no passado. O que mais interessa é que este momento se transforma em alegria desmedida! Que importam? Para quê?

Aquele momento de admiração que senti pela tua voz. Lágrimas do meu sofrimento não significam nada para ti.

And here are some words for you. I don't want to love you anymore. I search my heart hoping not to find you. Love just a satisfying word. Just a lie. These moments will pass bye. Goodbye.
Fallen words Broken letters

Enquanto caio, ouço o meu coração bater. Tudo o que eu queria era.... Tu foste o diário da minha historia. Eu tento chamar-te, mas a garganta está demasiado seca e frágil. Sinto as emoções a vir, e a paz comigo mesmo. Encontrei um santuário.

Salto da janela. Vejo a beleza do azul do céu. Respiro devagar. Aproximo-me lentamente do chão. Estas paredes não conseguem aguentar a minha existência. Morro enquanto vivo. Sem ti, em nada me torno.

1 comentário:

  1. "O meu coração parou. Está morto. Seco do teu sangue. Todas as tuas fotografias, estão rasgadas na mesa da cozinha. Chove lá fora. É a chuva da minha doença a crescer dentro de mim. Acreditei como um patinho. Fazias-me sentir um cisne, de uma maneira estranha eu ainda me sentia o patinho feio. Tal como agora me sinto"
    soberbo! (:

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