sexta-feira, janeiro 16

A acordar de uma ilusão...

Love by *ladyrapid - Foto à venda!
Brincas com a vida, como as crianças brincam com brinquedos. Agora vejo o teu sofrimento. Choro tão alto que os meus pulmões secam e desfazem-se em sangue. Sempre que falas de mim. Falas mal de mim. Assim como eu falo mal de ti. Sempre que penso, revejo. Aquela exacta coisa a acontecer. Aquelas palavras a saírem-me da boca. O nossos mundos a colidirem a partir desse ponto... Tanto estavas bem-disposta e pronta para ir embora, como estás mal com alguma coisa e descarregavas em mim essa tua incompreensão, esse teu vazio. O vazio que te faz sofrer diariamente. Uma incerteza, uma repugnância que tens de aceitar todos os dias. A crítica destrutiva. Aquela que em tu mudas radicalmente como se nada fosse. Superas obstáculos. Resmungas. Morde na mão de quem te ama. Não podes acabar agora. Estamos tão próximos agora, estas memórias estão quase a acabar. Adeus. Eu choro tão alto. Agora vejo a tua dor. A dor que agora digo que deveria ser minha. Fui egotista. Não vi. Somos (homens) como uns cãezinhos abandonados, mas vocês (mulheres) a qualquer cagadela no tapete querido ou os chinelos ruídos, é logo um pontapé e arranjam logo maneiras de nunca mais nos por a vista em cima. Adeus. Agora, consigo ver as estrelas a aproximarem-se. Porquê? Adeus. Agora consigo ver que quem estava mal era eu. Quem tinha errado era eu. Quem estava a pensar mal era eu. Não estou a fugir. Não é o fim do mundo. Agora tudo parece tão bonito, queres vir passear comigo? Um último passeio? Para mim tomas comprimidos, para, ti choras da perda. Deixa-me ir. Ou segura-me com força. As coisas estão a desaparecer. Persegue-me. Volta-me a por na estrada. Tira-me o céu azul e o horizonte ofuscante. Sempre que me perco, o meu coração pára. Brincas com a tua vida, deixando-te guiar sem que te apercebas. Recordas. Perdes-te. Caminhas. Cais. Levantas-te. Respiras fundo. Diversão confusa. Confiava. Espera, disse, confiava? Estou a mentir. Não vou pedir mais desculpas. Sim vejo o que sofres. Ainda te consigo ver a pensar em mim. Quando beijas outros rapazes. Rapazes melhores ou piores do que eu. Não me importa nada. As escolhas são tuas, assim como a tua vida, e as tuas manias. Não perdi, nem ganhei. Ganhei tanto como tu e perdi tanto como tu. É tão difícil dizer, enfrentar, sentir, acarinha, verbalizar, colocar na tua boca esta palavra que ao mesmo tempo é tão confusa. A palavra com o nome de: Amo-te. Tanto dá alegria como a tira. É difícil em alturas como estas mudar. Segura-te. Não vou a lado nenhum, pois as coisas acabaram. As lágrimas derramadas, pelos cantos, por cima de livros, por cima do teclado. O bater do coração sem sentido. Apesar de querer deixar de sentir coisas por ti, deixar de pensar em ti, o meu coração nunca parou de bater. De me dar felicidade ou força, para pensar mais alto, para ver que não é porque acabo contigo que irei também acabar comigo. Morres hoje. Boa sorte no céu. Descansa em paz. O próximo, serei eu. Sou eu. Sempre que penso em ti. Sinto que, sempre te preocupas-te mais contigo. Ainda não acabou. Já não sei o que dizer ou o que sentir em relação a ti. Fazes-me chorar. Aquilo que eu digo que tu fazes. Adeus. Pedir a tua versão não é pedir muito... Agora vejo o porquê de tudo... Não te posso parar agora. As lágrimas estão quase a secar. Parece que nos aproximamos ainda mais. Sinto os dias passarem a ser segundos, os minutos horas. A pessoa que já viveu comigo 2 meses da minha vida. Permanece na memória que quero esquecer. Tenho vergonha de olhar para ti e não ser perfeito nos teus olhos. Que o cabelo esteja mal composto, que tenha alguma coisa na cara que te faça sentir alguma coisa que não quero que sintas. Assim espero… espero que um dia te esqueça. O próximo serei eu...

1 comentário:

  1. É tão difícil dizer, enfrentar, sentir, acarinha, verbalizar, colocar na tua boca esta palavra que ao mesmo tempo é tão confusa. A palavra com o nome de: Amo-te. Tanto dá alegria como a tira.

    Esta, como a ultima parte do texto, diz tanto... Sofrer com o mesmo, tanto tempo, e ainda com isso sentir injustiça... É sofrimento demasiado duro, não?
    Infelizmente, temos que dizer adeus a bastantes marcas ao longo da nossa jornada... É cansativo, mas por vezes compensa, o sofrimento desgasta muito...


    (em relaçao ao comentário - obrigada por teres respondido :D)
    O filme, acho que é muito difícil de o ver e sair desiludido.
    Eu fui ver com o meu irmao, que dizia que o filme não prestava, saiu de lá (como eu) com um brilho nos olhos... É um filme, diferente ... Mas marcante :)
    E então tu, acho que ias gostar ainda mais...! É muito intenso!!

    Confias na minha palavra? Então aceita o meu apoio p'ra esse sofrimento infinito ;)
    :)

    Beijo encorajador , Pedrinho :)

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