segunda-feira, novembro 3

Sincero? Ou Directo?

Olá Amor!

Gostava que pudesses retribuir aquilo que te dou.
Por vezes sinto que sou capaz de conseguir viver sem ti. E que muitas vezes já nada faze sentido.
Não é o medo de sofrer, é mais o medo de fazer sofrer. Não quero!

O meu coração quer sair, sair desta escravatura de sentimentos ignorados pela dor.
Aquele formigueiro nos dedos que me impede de te tocar. Aquele corte no lábio que me impede de te beijar.
Aquele abraço que gosto de te dar, sempre que parece, que já não me queres aturar ou ouvir , ou simplesmente acabar com tudo e ir ter com outro qualquer.

Gostava de te poder ouvir mais. Falar mais vezes contigo. Beijar-te só mais um bocadinho.
Só mais um abraço, mais um toque no rosto, um beijo suave na bochecha. Um toque no nariz que funga.
Poder dizer-te, que o que sinto não é uma coisa qualquer, mas sim um sentimento que se tem quando ele existe.
Não é um sentimento fingido, não é um sentimento mentido. Não quero criar em mim algo que não existe.
Algo com tamanha profundidade e realidade que toca em dois seres ao mesmo tempo. Muitas vezes odeio-te, mas por vezes parece que fazes só para me provocar ou só para que eu me sinta mal comigo mesmo. Gostava de poder dizer-te o quanto gosto de ti. Levar-te a sítios que nunca vistes na tua pequena vida de rapariga que agora se torna mulher.

Aquela bolha de ar que fica presa, entre a língua e as cordas vocais. A mesma bolha de ar que me impede de dizer que ,não gosto de certas atitudes tuas. Mas deixo passar, porque por outro lado, dizes que gostas de mim.

O teu silêncio faz-me perder o sentimento. Ainda existe espaço para cada toque, cada beijo, cada abraço, cada olhar, cada palavra de amor, que me venhas a dar. Aproveita porque irá estar aberto até que um dia se feche com falta de esmolas.

(Sinto que cheguei ao limite da escuridão. Agora só vejo luz. Luz que brilha mas não cega.
Uma luz que estava ali , e ainda não tinha ido embora.)

Ao contrario do que possas pensar, nunca te utilizei para o meu belo prazer.
Talvez te tenha utilizado como uma forma de aumentar a pouquíssima auto-estima que tenho, e de me "afirmar".
Não te uso para mais nada. Amo-te e isso tu sabes todos os dias que falo para ti. Eu sei que me amas, apesar de que por vezes não pareces contente com o que tens. Parece que gostavas de ter outro em vez de mim, outro alguém que te dê aquilo que tu esperas que eu dê. Talvez algo mais do que aquilo que eu te possa dar.

(Deixa a morte ser morte.)

Ainda preenches o espaço no meu mundo e no meu coração.
Queres fugir do meu coração, mas eu consigo apanhar-te e empurrar-te para dentro dele. Para que fiques lá.
Não quero que saias. Não quero que o destruas, só não quero que vás embora de dentro de mim.

(Conta a todos os teus amigos, que muitos de nós iremos cair. Algo está mal. Eu não posso voltar a fazer o mesmo.
Os teus olhos mostram a dor de uma infância... A minha cabeça está a girar, a girar sem parar. Não fui eu, não é um arrependimento. Não sou eu que contenho a chave. Foge porque tudo irá acabar hoje. É o sinal do assassino. Olha para o relógio, acorrenta-me e chora enquanto me metes uma bala na testa. Sustem a respiração enquanto te deixas morrer na banheira da tua própria casa. Abres os olhos no ultimo segundo enquanto aprecias a parede branco sobre ti. Vês agora como tudo era perfeito. Não consigo premir o gatilho. Ó meu Deus, é apenas uma criança. Afasta-te dela, deixa-a sozinha enquanto aprende a viver sozinha sem que lhe digam como fazer e sonhar melhor. Sofrerei por todos. Arrependida ficas-te, no ultimo suspiro que tomaste... Vê a beleza daquilo que está a acontecer. Não ignores a minha presença, nem a tua, nem a de ninguém... Soube bem viver naquele ultimo segundo de vida, esqueces-te de tudo á tua volta e a única coisa que existe naquele momento é aquela parede branca que se torna única e especial)

Responde-me com sinceridade, nem que seja em pensamento:
Deixar-me-ias morrer, se com isso te conseguisses tornar numa pessoa mais feliz ou numa pessoa perfeita?

É assim que acabo este post.

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