segunda-feira, novembro 17

Quando tudo acontecer...

Into the blue by =angrymouse

Quando Eu morrer, Tu nascerás.
Quando Eu chorar, Tu irás sorrir.
Quando Eu cair, Tu ir te-às levantar.
Quando Eu sofrer, Tu não me irás esquecer.

Se eu um dia deixar de estar ao teu lado.
Pensa nos momentos que me deixaram colado.
Colado, junto a ti. Junto ao teu belo sorriso.
Junto a ti, de mãos dadas, feliz na vida.
Vida esta, que me deixa triste, e indiferente.
Num momento sorridente, noutro sem ser um ser existente. Crescido das mágoas da afectividade, morto no mais profundo suspiro.
Suspiro este que é deitado cá para fora, sempre que te vejo. Tal como o desejo que tenho de te ver. Um desejo capaz de te dizer "Amo-te". Mesmo sabendo que não queres mais nada comigo. Sabendo que deixo de sonhar por algo que me era querido. Este aperto no coração que sinto a cada momento que penso em ti. Aqueles momentos que levam as mágoas da adolescência. O sangue que me destrói, sangue que me envenena. A saliva que me transmitiste, os desejos que descobris-te, a minha afectividade por ti. O Amor que nunca esqueci. Um corte na garganta que me faz repensar em que é que errei. Pensando no que um dia serei. Renasço e recrio, o mundo que nunca me chegou a dar um abraço, uma amostra do seu carinho, da sua eterna e profunda forma de "amor".

Lágrimas percorrem-me o rosto em forma de desabafo. Deixo-as sair, porque quero senti-las.
Ouço-te longe, longe de mim. Não sei se algum dia poderei ouvir novamente o bater do teu coração.
Choro por não te ouvir uma única palavra. Uma palavra que saia da tua boca.
Desejo reencontrar-te, recriar-te. Transformar-te na obra mais gloriosa. Faz de ti a mais bela obra de arte. Sem valor físico, apenas valor psicológico. Penso que tudo podia ter sido melhor do que foi. Sempre tiveste aquela expressão, que não te saía da cara. Sempre foste a "menina" dos meus olhos. Imaginava-te onde quer que estivesses. Eras o centro do meu glorioso e insignificante mundo. Glorioso por aquilo que fui, insignificante porque é pequeno.
O medo de sentir medo. Tremo todo só de pensar naquilo que perdi. Aquilo que gostava de te ter dito e não disse. Aquilo que eu gostava que sentisses e nunca sentis-te. Fecho os olhos. reformulo os pensamentos. Deixaram de ser únicos momentos. Fungo, vezes sem conta. Impeço o ranho que se me acumula nas "fossas" nasais.

Foste mais do que bela. Por dentro, sempre foste perfeita, para alguém que nada teve.
Os meus dedos ficam brancos, as lágrimas dançam pela minha expressão de tímido e de arrependimento. Revejo tudo. Tudo para que nada me falhe na memória. Para que nada seja esquecido em vão. Para tornar tudo o que sonhei e passei, senti e falei, numa coisa com mais do que um simples valor físico e mental. Uma coisa incapaz de ser descrita em palavras. Uma coisa mais que um simples pensamento abstracto.

Confundo o amor, com a amizade, e a amizade com o amor.
Foi preciso tudo isto, para que tenha de aprender.
Pena tenho eu, pena de saber, que tudo o que não vivi, poderei não vir a viver. Que tudo o que faça, me deixa longe de tudo o que eu queria fazer.

Quando tudo acontecer... Quero que te esqueças.
Para não vires a sofrer. não quero que me mereças.
Apenas acredita, que mesmo que não esteja cá, que o teu sorriso vai brilhar dentro do meu coração, e fazê-lo bater, mesmo quando a vida em mim deixar de existir. Não venhas à janela, no dia em que passar pela tua viela. Não quero que sintas. Não quero que...

Sobrevives, divides...

Começo: 19:08
Fim: 20:34
Editado...

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