domingo, novembro 16

eterno sou, eterno serei.

O ar fresco que entra nos teus pulmões.
Fechas os olhos e deixas-te guiar pelas tuas paixões.
Sentes? Sou eu a tocar no teu belo e lindo rosto.
Tapo-te os olhos, viraste olhas-me nos olhos.

- Toma.
- É para mim?
- Sim.
- Que fofo. Brigada.

A emoção que me preenche as veias.
Ideologias que marcham para as teias.

Sou o vampiro do meu próprio coração,
O Demónio está ao meu lado constantemente;
Nada à minha volta de forma impalpável;
Eu engulo, e sinto os meus pulmões a arder;
E encho-os com desejo e culpa...

- O que devo fazer?
- Chorar, quando sentires necessidade
- Apenas chora.

Não se destrói o que se ama.

A cada metro que se vai criando de baixo dos pés vai fazendo desaparecer o que fica para trás. A minha história Preenche-se! Vezes sem conta com os sorrisos ingénuos de quem me vê cair e sofrer. Uma vez mais, tenho saudades daquilo que nunca foi meu.


Respiras enquanto te beijo.
Sinto a tua saliva a percorrer os lábios.
Recordo, os amores eternos.
Momentos de eterna e profunda incompreensão.

Vivo, respiro os raios do sol que me queima a retina.
Deixa-me cego, não te consigo ver.
Correm as lágrimas pelo meu rosto.
Choro porque não te consigo ver nem sentir.
Quero beijar-te, tocar-te, mas não sei onde estás.
Esta perpétua descida de acontecimentos
Que me tentam fazer cair.

Paro e observo-te. Sorridente.
Mostras esse sorriso ao mundo que te confunde.
Confunde esta eterna alegria subestimada...
Até tu sentes que és amada.
Corta pela raiz a chama que arde.

Pedro Mota (16-11-2008)
Música de inspiração: kenza farah - Au Coeur de la rue

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