terça-feira, outubro 21

Simplesmente

Um poema tão pequeno e que toca na mente...
Tão simples e abstracto, tal como o tempo.

"É talvez o último dia da minha vida.

É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada."

Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

A profunda tristeza que sentiu, o grande peso na alma sentido.
Deixar-se levar pela morte, não questionando o que vinha a seguir.
Deixar-se levar pelo momento, sem resistir, sem lutar, sem ter medo de morrer.

O ultimo olhar para um mundo que o viu nascer.
Sol que lhe deu imaginação e inspiração
Sol que lhe deu vida e o aconchegou nos momentos mais difíceis de se viver.

A suavidade do ultimo respirar que faz abrir pela ultima vez os pulmões.
Tal como a primeira respiração de um bebé.


"Olá pela ultima vez.

Vento que passa

Vento que deixa
Grita por mim.

Abraçou-me como se fosse a ultima vez que me fosse ver
Sorriu de tristeza
Pensado na sua vida sem mim
Chorei lágrimas de felicidade (Por saber que ainda sou quem sou)
Não posso alterar o que é mais certo acontecer..."

Pedro Mota (21-10-2008)

"Vida és, vida serás.

Ó vida?
Porque não és eterna?
Fazes sofrer
Quem muito tem por viver"

Pedro Mota (21-10-2008)
Num mundo que era simples, está agora cheio de confusão e solidão.

Como pude ser tão estúpido...
A resposta é simples, viver consciente dos nossos actos, ter a namorada, a família e os amigos,
mas não andar-se a atirar de cabeça.
Fazem parte de mim, e não posso compara-los. São algo que tenho.

"Se te preocupares com o que ficou para trás, não vez o que está à frente"

Le RataTouille
Nas palmas da mão,recebo a vida...
Tento viver o presente, mas apenas consegui fazer isso, pelo menos uma vez.
Claro que neste momento estou a viver o presente, mas não o estou a viver como ele realmente é.
Limito-me a viver aquilo que sei que acontece, e não aquilo que eu crio para viver...

Já não tento compreender a vida.
Porque já não sei o que é a vida.
Estou num momento da minha vida em que tenho de escolher entre, manter-me como sou e viver assim para sempre,
ou lutar por mudar e ser alguém com capacidades superiores do que aquilo que sou neste momento.
Sei que tudo em mim muda a cada nova experiência, mas porque não ter uma maior que possa mudar tudo,
ou quase tudo de uma vez só, ou quase tudo?!

Não existo só porque me apetece estar vivo, existo porque gosto daquilo que vivo,
por muito que me deixe triste e confuso e na solidão do fundo da toca do coelho.
Sei que... Não quero desistir de nada.
Já me arrependi de muita coisa, mas sei que aquilo que neste momento estou a sentir dentro da minha cabeça,
só irei sentir uma vez só.

Por muito que queira ser tudo e mais alguma coisa, uma das coisas que sei que sou capaz de ser é:
Simples e irei fazê-lo custe o que custar para ser quem eu quero ser e ter o que eu quero.

E porque isto é a realidade na sua mais pura beleza abstracta.

Digo: Não há nada melhor do que aquilo que se pode viver neste mesmo mumento.

Não pensem que estou a excluir a namorada, apenas pensem que isso, faz parte do futuro.
Amo-o quem tenho a amar, faço o que tenho a fazer...
Não ponho ninguém em segundo lugar. É essa a primeira regra.


"Renasce-mos a cada piscar de olhos." Pedro Mota

Sem comentários:

Enviar um comentário