domingo, julho 13

Uma realidade

A história que se segue é fictícia, foi inventada.
Qualquer semelhança com algum acontecimento verídico, é pura coincidência.


Domingo. Duas da tarde no Centro Comercial DolceVita em Coimbra.

Um casal de namorados, "ela está grávida", com a idade entre os 20 e os 22, entra no Centro Comercial, para mais um momento de família e de passei num fim-de-semana.

Depois de umas voltas por aqui e por ali, a mulher começa a sentir umas dores.
- João, não aguento mais, não consigo o consigo conter mais. Vou-me sentar ali nos bancos.
- Está, mas vai respirando fundo Mariana... Ele começa a pensar: Mas o que é que eu hei-de fazer? Chamo alguém? Ligo para o 112? Chamo alguém para ajudar?
Ele decide telefonar para o 112.

- 112! Qual é a situação?
- A minha mulher... Acho que ele entrou em trabalho de parto, começou a sentir umas dores, e está a ficar vermelha, está cheia de dores.
- Onde é que se encontra?
- No Centro Comercial DolceVita em Coimbra.
- Vou mandar já para aí a ambulância do INEM. Quero que se mantenha calmo, tranquilize a sua mulher e mantenha-a acordada, algumas mulheres chegam a desmaiar com a dor.
- Está, obrigado.

Enquanto a ambulância, as pessoas começam a juntar-se em redor da mulher grávida.
Nisto aparece um médico que estava a passear com a família, e começa a "ajudar" a mulher.

- Sou médico, posso ajudar.
- Uma menina de 13 anos vendo este aparato todo, vai a correr a uma loja de toalhas e de coisas para a casa de banho e "rouba" uma toalha para dar à mulher agoniada e cheia de dores. Ninguém diz nada...

Algumas pessoas começam a dizer para as outras pessoas que lá estavam a assistir, para se afastarem. Que apenas não estivessem ali só para ver.

Passam 5 minutos e aparece a ambulância do INEM, sai de dentro dela 3 homens, com uma maca.
- Acha que se consegue levantar, acha que consegue aguentar?
- Acho que não, dói-me tudo. haaaaa - Solta um grito de dor profunda.
- Trás as toalhas e água e uma botija de oxigénio, e pede a alguém que traga uma bacia grande. Aproveita e trás alguns cobertores. Vai ajudá-lo Inês.

Nisto aparece um senhor gordo com na casa dos 50 anos, que trás uma bacia.
- Tem aqui uma bacia...
- Muito obrigado. Ponha-a ali junto do meu colega.

Chegaram com as coisas todas, e prepararam logo tudo para o parto correr bem e normal.
Puseram a mulher no chão, em cima dos cobertores, e os 5 Seguranças que estava naquela zona foram para lá para garantir pelo menos algum controlo sobre as pessoas que se aproximavam para tirar fotografias e a gravar.

Houve pessoas inclusive que foram emprestar aquelas divisórias para manter segurança e intimidade.
Foi tipo pá assim uma coisa tipo mesmo do outro mundo.

Não gostei de ver foi haver pessoas a querer passar a barreira de segurança só para ir ver a mulher a parir. -.-'
Existem pessoas tão estúpidas, e capazes de fazer de tudo só para ver os outros a sofrerem.

A mulher começou a gritar alto, e a fazer força. (como se vê nos filmes tas a ver?)
E saiu o bebé, mas infelizmente, o bebé, saiu morto. :(
A equipa do INEM tentou de tudo para salvar o bebé. Respiração boca a boca, desimpedimento das vias respiratórias, viraram-no de cabeça para baixo, deram-lhe palmadas fortes, nas costas (mas com calma claro xD) mas mesmo assim o bebé, não viveu.

Os pais ficaram devastados.
Mas mais ficou a mulher, começou a chorar, e pegou no filho ainda preso pelo cordão umbilical. Foi um choque para aquela família. As pessoas mal souberam que o bebé morreu, muitas foram logo embora, outra ficaram para dar as condolências pela morte do bebé. Mas mais de 60% das pessoas foi embora. Parece que só é bom quando nasce com vida. Não gostei daquela atitude.

Parece que estavam ali para ver algum espectáculo de aberrações, e parece que pagaram para o ver. Parecia que estavam a espera de uma aberração sair dali daquela coisa toda. Não gostei do que as pessoas fizeram ao casal. Tocou-me bastante.

O INEM levou a mulher para o hospital só para que ela não tenha uma recaída durante a noite, e o casal foi aconselhado acompanhamento psicológico.

Depois de irem ao Psicólogo, tanto marido como a mulher decidiram fazer outro filho, ou pelo menos tentar.
Não era porque um filho morria ao nascer que iam deixar de tentar ter um filho.

Um ano mais tarde, nasce a Rita.
Era uma criança saudável e forte. Saía á mãe... "lutadora".

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