sábado, julho 19

Ternura infantil

Como costumo fazer sempre ao fim de semana, eu saio de casa de manhã para ir passear um bocado pelas ruas da minha pequena cidade.

Ao vir para casa, encontrei um cão pequeno, com feridas nas orelhas e todo sujo, em frente a uma casa de uma pessoa conhecida. Cheguei-me perto dele devagarinho para não o assustar, e para lhe dizer que não tinha intenções de lhe fazer mal. Ele olhava para o chão e olhava para mim com aquele olhar de "tira-me daqui, salva-me", é claro que tinha mais medo o cão de mim do que eu dele.

Fiz-lhe umas festas no nariz para poder ganhar a confiança dele, e para o tentar acalmar e aconchegá-lo naquele momento dificil, e possivelmente das dores que ele estivesse a ter.
O Cão era tão lindo e tão amigo. Eu sei que ele queria vir comigo, queria que eu o levasse ao colo, mas simplesmente ele deixou-se estar deitado junto ao portão da casa.

Fui para casa como qualquer pessoa faz não é caralho? Vá acabou as asneiras ó menino!! -.-'

Ás duas da tarde, depois de ter almoçado, fui a casa da Inês.
Apanhei-a ainda a comer o resto da pizza do dia de ontem, por causa dos anos dela.
Não vou contar, porque vocês podem imaginar como foi. :) -!- Quem já conhece a Inês pelos meus textos claro. -!-

Pedro - Inês, ainda a comer?
Inês - Então ainda á aí comer com fartura de ontem, e sabes como é a minha mãe, compra comer e comer e comer.
Pedro - Pois realmente, as pessoas só vão aos anos dos outros, só mesmo para comer não é? xD
Inês - Ya e ela tem isso na cabeça e tirar-lho é dificil. Queres um bocado?
Pedro - Não, não obrigado. Olha disseste que ainda havia comer, posso levar algum para dar um cão que encontrei na rua?
Inês - Um cão? Onde?
Pedro - Perto da casa do Gonçalo.
Inês - Ho coitadito do cão. Quero ir vê-lo. Pera que eu já me vou vestir e vamos lá nós dois dar-lhe de comida.
Pedro - Temos de levar soro fisiológico para o cão porque está cheio de fridas.
Inês - Sim eu tenho ali um frasco do "Patinhas".
Pedro - Fixe. =)

Saímos de casa, todos apetrechados. Parecia que iamos salvar alguém preso num buraco.
Chegá-mos perto do cão e ele baixo a cabeça com o medo.

Pedro - Calma Inês. Ele pode-se sentir ameaçado.
Inês - Eu sei Pedro.
Inês - Anda cá cãozinho lindo. És tão lindo, que é que te abandonou? :(

Ela pega na cabeça do cão e no soro fisiológico e borrifa para as orelhas feridas do cão.
Aproximou-se mais dele e borrifou-o por complecto.

Tirei da mochila um pequeno "tamparuere". (como é que esta merda se escreve?)
Ela tirou carne e arroz e uns bocados de ração do "Patinhas".

Ele agueralou os olhos como se estivesse a ser tratado como um rei.
Comeu, comeu, e até rapava a taça vezes sem conta a pedir mais comido.

Inês - Pera, acho que ele está com cede!
Pedro - Tenho aqui na mochila
Inês - Toma lá coisinha bonita. Não é lindo o cão?
Pedro - Ya bastante, se não tivesse os meus, eu levava este para casa.

Deixámos lá comer e água dentro de duas taças pequenas.
Lá ficou ele a cheirar aquilo e a lamber (lember xD) e a beber água.

A Inês feita em lágrimas mentais...
Inês - Xau cãozinho. O Cão é tão fofo Pedro. =)

O cão ladra para nós.
Inês - Olha ele está a agradecer Pedro. Tão Fofinho *.*
Pedro - Sim parece que está agradecer. ^^

A Inês toda comovida, fêz adeus ao cão.

No dia seguinte o cão andava pelas ruas todo contente e bem disposto.
Tinha melhorado significativamente. Estáva com menos fridas.

Na semana seguinte tinha cido "adoptado" por uma familia sem filhos e com alguns animais.
Foi um agarrar de oportunidades que o cão teve. Sim ele era bonito e bem composto. =)

Sem comentários:

Enviar um comentário