Tenho saudades de sair sozinho para um passeio. Sair com um destino marcado, mas na ignorância do que é a vida, ganhar a corarem de caminhar lentamente e por outras vezes de passo acelerado, ver as montras, ver os rostos dos outros que vagueiam pela cidade com destinos estabelecidos por eles. Pegar no papel e na caneta e começar a escrever o que me rodeia, aquilo que os pássaros cantam, desenhar de palavras curtas e textos longos a vida citadina, ou a vida da aldeia, dando toques com as pontas dos dedos em coisas imóveis sentindo-lhes a textura, a forma e a suavidade da sua existência. Saborear os raios de sol e sentir a brisa do fresco ar a passar pelos membros do meu corpo, levando-me a rasgar um sorriso no rosto.
Tenho saudades de viver. Tenho saudades de aprender a viver de novo no mundo.
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