sexta-feira, junho 15

O sol que não se vá embora.


O céu levanta-se cedo e com ele os pardais, as andorinhas, as rolas, as pombas e os corvos. A noite desaparece e leva consigo os morcegos, os mochos, as ratazanas e o frio que invade o quarto. De noite respiro com força, respiro com medo que me falte ar para dormir, ou que apenas o ar se fique pelo rarefeito e seja difícil demais para dormir. Logo pela manhã olho pela janela e observo o céu azul. Deixo-me enfeitiçar pelo azul marinho que dá vida e uma cor alegre ao paraíso celestial. Entretenho-me com as nuvens e as formas que todas elas tomam.

Levanto-me para ir até à janela, para saborear o oxigénio doce e aproveitar para respirar o ar que é sempre tão fresco pelas primeiras horas da manhã. Comigo tenho a pessoa com quem dormi. A namorada que me atormenta de deliciosas maneiras o coração. Está abraçado a mim, com as suas mãos na minha cintura, beijando-me o rosto, beijando-me o pescoço, os ombros e as mãos quentes. Fico com ela por um par de minutos. Desejo que o dia seja solarengo, demorado, longo, e sem que o tempo ande para a frente.

O sol que não se vá embora tão cedo e que o tempo perca a corda que lhe dá vida.

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