domingo, setembro 11

Sim estou a chorar porque o coração não se cala...


Todos os dias acordo, ouço os carros a passar do lado de fora da janela. Ouço ao de leve os passarinhos nos ninhos. Não ouço o sol porque ele não fala e se fala-se preferia talvez ficar calado. Não sei, certamente até fala, mas deve evitar fazê-lo para que possamos ouvir o silêncio. E é esse silêncio, o silêncio causado pela ausência  pela saudade de certas pessoas que nos são como um bem precioso. São aquele carinho na bochecha, ou aquele abraço carinhoso, aquele sorriso tímido, ou as palavras sábias de quem já tem a sua cota parte de experiência.

Afasto a cortina que me priva do mundo lá fora, ainda deitado na cama encostada à janela, olho pelos vidros e vejo o céu azul. Claro como a água límpida do rio. Ponho-me a pensar em ti. Recordo todas as fotografias que tenho tuas. Tudo o que te faz sorrir. E quando me vens à cabeça e a única imagem com que fico tua, é aquela em que tu estás a sorrir e os teus olhos brilham, no momento em que nos encontrámos pela ultima vez à um mês precisamente. Oh, e choro. Sim estou a chorar porque o coração não se cala, não se farta de dizer as saudades que tem. As saudades de ter a coraçona ao seu lado. Desejo que o tempo passe a correr para que chegues até mim num estante. És única. Importante e especial. És um carinho em forma de menina. Os teus lábios, as tuas mãos, meu, e esses teus olhos tão fortes, tão resistentes. És o sorriso que transportas no rosto. Que chegues inteira e viva, minha pulga gulosa. *-*

Sinto-me tão bem por estar a teu lado. Por sentir as coisas que sinto. De ter este sorriso que o rosto não consegue imitar ou fazer.

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