segunda-feira, março 28

Há muito que o Romeu deixou de existir...


Admiro o teu olhar. As formas que o presente toma ao teu redor, deixa-me babado, por tão bela beleza. Chamo o teu nome, e tu, de carinho nas mãos, atenciosamente abeiraste diante de mim, colocando uma das tuas pequenas mãos numa das minhas bochechas frias. Está gelada. É das saudades do teu beijo nelas. Sinto o coração a pulsar descontroladamente. Saboreei o momento e fecho os olhos. Colo a minha mão por cima da tua que me protege a bochecha e beijo-te delicadamente. O teu cheiro, o teu sabor de lábios. torna tudo tão maravilhoso.

Sabes o que é que eu mais gostava de fazer contigo neste momento? Deitar-mos-nos no sofá da sala, ou na cama do meu quarto. Abrir as persianas, apreciando a chuva a cair lá por fora. Ficar-mos enrolados nuns quantos cobertores, dando aqueles beijinhos, acariciando um ao outro, libertando sorrisos. O que poderíamos mesmo fazer, era estarmos só juntos. No sofá, com a caneca de chocolate quente na mão, a uns bonecos quaisquer. Por muito que o frio nos bata à porta, vamos nessas alturas, chegar-mos para mais perto um do outro, para nos aquecermos sem medos.

Há muito que o Romeu deixou de existir. E não tenho medo que tal tenha acontecido. És importante para mim. E, posso não me chamar Romeu, e não ser nenhum dom ruam, ou algum daqueles rapazes que enfeitiça o coração das meninas, logo pelo primeiro olhar, ou pela simples primeira vez que conversam sobre alguma coisa, mas tenho-te a ti nos meus braços, tenho o teu carinho. E é em ti que gosto de colocar o amor que me é fabricado no coração. Posso até ser um monstro, e não ter maneiras nenhumas à mesa, tudo porque, a vontade de ser livre de preconceitos e de maus olhados teus, não me preocupam. Sei que te magoo, ou até que faço com que tenhas saudades minhas. Mas o problema, é que, eu também tenho saudades tuas. E os apertos que se me dão nos nós do coração, fazem-me querer chorar. Tento ser forte amor. Por vezes o silêncio nos teus braços é mais frequente do que gostaria. São os amores do coração que magoam a alma.

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