terça-feira, janeiro 11

Meu coração doce de manteiga de pudim.


Consegues ser tão preocupada só contigo. Só pensas em ti. E tem tudo de ir ter contigo, pondo-te no centro do universo. Repetes palavras vezes sem conta. Tens as mesmas atitudes sempre que queres alguma coisa de mim. Arrelias o juízo só porque algo não está como tu queres. Só porque te sentes sozinha ou não estou contigo à já algum tempo. E eu? Não sinto que o tempo nos mata de saudade? Que me faz querer adiar a morte, só para ver se estou mais tempo contigo? Porque não vez isso? Porque não vez que tento mostrar o quanto te amo da melhor maneira que sei, sem que estejas sempre a pisar-me, a cuspir essas palavras más, esses acentos diabólicos com que me atacas e feres, tentando de alguma maneira, lá no teu interior, conseguir puxar de mim o amor imaginário que tu um dia tiveste. Pensas que não imagino um amor bonito? E tu estás nele vezes sem conta? Como quando sonho contigo, que são raras as vezes, porque sei que gosto de ti, e por isso o meu cérebro e coração, não precisam de estar num constante preocupar por ti. Porque te dizes capaz de sobreviver. 

Só pensas em como eu tenho de fazer tudo por ti, porque tu fazes por mim, quando sabes que muitas vezes, simplesmente não posso fazer o que pedes, porque não dá. E choras e gritas e esperneias e amuas e rabujas tudo porque não me vez à dias e queres matar o coração de saudades. Eu também quero, mas calma. Quem paga o jantar sou eu. Quem paga o cinema sou eu. Quem anda a planear noites para estar contigo sou eu. Porque ficas logo chateada comigo? Quero entender-te, mas muitas vezes é difícil. E começo a pensar que parece que só sabemos discutir por coisas sem razão para tal. És rapariga e por isso, vives num medo constante de que eu te traia, já não gosto mais de ti, que te chame nomes, que te fira o coração, ou te abandone num sitio qualquer. Quando já provei totalmente o contrário.

Dizes para eu ter juízo. Tem tu juízo. A rapariga és tu, que ainda estuda e está rodeada de gajos todos bons,  todos os dias. E eu trabalho e só vejo gajos à minha frente todos os dias. Meu coração doce de manteiga de pudim. Eu posso não perceber lá muito bem como o amor funciona, mas sei que os teus ciumes, as tuas saudades histéricas que te deixam nesse estado depressivo, de me querer bater e arrancar o coração, não resulta muito bem. Se tivesses mais calma e visses como ainda somos novos e teremos ainda muito tempo para estarmos juntos, deixarias de estar nessa ansiedade desnecessária. Acalma o coração que ele qualquer dia da-se-lhe um vaipe e lá vai a coisa mais preciosa que tenho neste mundo.

Eu amo-te! Sabes que gosto de ti. Não sabes?

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