segunda-feira, janeiro 31

Fala-me desse tabu...


Sei que não sou o único que está a suar. Quanto menos roupa melhor. Estou a arder em febre. Olho à volta e vejo-te a tirar a roupa. Estás em brasa e saltas-me para cima, tirando a roupa que trago no corpo à força toda. É melhor chamar um médico para te ver a febre, para te dar qualquer coisas para esses escaldões de excitação. Crava no meu peito essas unhas. Arranca do meu interior este palpitar que me impede de te beijar tão delicadamente. Ou então, se gostares da maneira como os meus beijos, rápidos, e sem sentido te chegam aos lábios, deixai estar os palpitares quietos e parte numa expedição para outras zonas perdidas no meu corpo. Toca-me, odeia-me, ama-me, chora em cima de mim, cavalga em cima de mim. O teu corpo, escorrega deliciosamente no meu. Excita-me os interiores, e mata quem faz disto um tabu. Fala-me desse tabu. Sê tu o meu tabu, aquele pedaço de carne que desejo saborear, mas que não lhe posso tocar, pois tu não deixas.

Depois de saltares para cima de mim, não me largues mais. Trás contigo o termómetro, vamos ver a que temperatura chega o nosso sexo. Não acredito em destino. Pouco importa quantas são as vezes que te falta o ar neste tipo de noites. À medida que essas noites vão passando, os dias vão-se tornando perfeitos. Mostra-me que não és só feita de carne.

Sem comentários:

Enviar um comentário